Polícia Federal prende, em Portugal, suspeito de crimes sexuais contra crianças

O investigado é acusado de estupro de vulnerável e produção de material de abuso sexual contra vítimas praticados em Florianópolis/SC em 2019

Homem sentado trabalha em um notebook. Em primeiro plano, aparece seu braço direito com uma jaqueta preta. No braço, há um logotipo redondo com a inscrição ‘CCASI/DEIBER’ e, logo abaixo, as palavras ‘Polícia Federal
Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Judiciária de Portugal, prendeu um brasileiro em Coimbra. Segundo as investigações ele é acusado da pratica de crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Esses abusos teriam ocorrido em 2019, em Florianópolis.

O homem tinha mandado de prisão em aberto. Além disso, a Interpol incluiu seu nome na lista de difusão vermelha depois que a PF reuniu provas nos últimos dois meses.

Durante a operação, a polícia portuguesa também cumpriu um mandado de busca. Assim, encontrou diversos arquivos com cenas abuso sexual infantojuvenil. O material estava tanto em mídias digitais quanto na nuvem. Por esse motivo, os agentes prenderam o homem em flagrante.

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Enquanto isso, no Brasil, equipes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão em Palhoça/SC. Com essa ação, os investigadores recolheram provas e avançaram na reconstrução da dinâmica dos crimes.

A investigação começou na Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil. Pouco depois, a PF recebeu relatórios do National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC) e da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos. Esses documentos indicaram que o suspeito usava plataformas digitais para armazenar material de abuso sexual infantil.

A análise técnica identificou 1.886 arquivos digitais. Entre eles, 471 apresentavam indícios de produção própria. Assim, os peritos reforçaram a suspeita de participação direta do acusado.

Os crimes mais graves incluem estupro de vulnerável, praticado de forma reiterada. Até o momento, a PF identificou duas vítimas. O homem gravou os abusos e, em seguida, guardou os vídeos na nuvem.

Em novembro de 2022, ele deixou o Brasil e viajou para a Europa. Contudo, mesmo após a mudança, continuou acessando e armazenando arquivos ilegais em Portugal.

As investigações seguem em cooperação internacional. A PF pretende identificar novas vítimas e apurar outros possíveis crimes.

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