Secretários definem ações para discutir futuro da Malha Ferroviária Sul

    Três secretários de estado estão sentados ao redor de uma mesa de reuniões. Sobre a mesa, há papéis, canetas e documentos. Ao fundo, um grande painel exibe a imagem de uma obra em andamento e traz os dizeres
    Foto: SPAF/Divulgação

    Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul intensificaram, nesta segunda-feira (18/08), a mobilização em defesa da Malha Sul, sistema ferroviário estratégico para o escoamento da produção nacional. A reunião, realizada em Curitiba, marca a continuidade do movimento Ferrosul.

    Os quatro estados definiram ações conjuntas para pressionar o governo federal. Entre as medidas, está a articulação de agendas em Brasília com a Secretaria Nacional de Transportes Ferroviários (SNTF), o DNIT e a ANTT. O objetivo é discutir a renovação da concessão da Malha Sul, considerada essencial para a retomada do protagonismo logístico da região.

    Além disso, os governadores pretendem buscar encontros com o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU).

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    “O Sul quer estar na mesa de negociação. Não aceitamos ficar à margem desse debate”, afirmou Beto Martins, secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina. Segundo ele, a reunião dá sequência ao encontro promovido em Florianópolis, por iniciativa do governador Jorginho Mello.

    Outro passo importante será a elaboração de um Termo de Referência para contratar um estudo técnico. O foco será um traçado ferroviário comum que atenda os quatro estados. O projeto será conduzido pelo Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul), responsável também por coordenar o grupo de trabalho formado por representantes dos governadores.

    Carta Manifesto

    Em julho, os quatro governadores assinaram uma Carta Manifesto em defesa da infraestrutura ferroviária da Região Sul. O documento destaca a força econômica dos estados, que juntos representam 18,3% do PIB nacional, e a urgência de receber investimentos compatíveis com sua capacidade produtiva.

    A movimentação reforça a união dos estados em torno de um objetivo estratégico. Com voz ativa, os governadores querem influenciar decisões que impactam diretamente o desenvolvimento da região.

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