Abrasel propõe desoneração da folha para reduzir a informalidade no setor

    Plano de reestruturação é discutido com parlamentares para promover equilíbrio e desenvolvimento em bares e restaurantes

    Foto mostra deputados e senadores catarinenses ao lado de representantes da Abrasel SC. Todos estão reunidos em ambiente interno, posando para a foto com sorrisos. A imagem foi feita durante o lançamento do 37º Congresso da Abrasel, em Brasília.
    Deputados e senadores catarinenses, junto com representantes da Abrasel SC, participam do lançamento do 37º Congresso da Abrasel em Brasília. Foto: Divulgação

    Uma comitiva da Abrasel SC esteve em Brasília nesta semana. Eles apresentaram aos senadores e deputados federais catarinenses um plano para reestruturar o setor de alimentação fora do lar. O documento foi baseado em um estudo inédito da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O objetivo é ajudar o setor a se recuperar dos efeitos da pandemia.

    Nesse contexto, o principal pedido é a desoneração da folha de pagamento. A proposta prevê a isenção de encargos sobre o primeiro salário mínimo para novas contratações, a partir de 2026.

    Segundo Juliana Débastiani, presidente da Abrasel SC, essa medida estimulará a formalização dos empregos. “Hoje, 41% do setor está na informalidade. Portanto, precisamos mudar essa realidade”, diz ela.

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    O setor de bares e restaurantes é um dos maiores empregadores do país. São 4,9 milhões de trabalhadores, ou 7,9% dos empregos formais. Além disso, o setor representa 5,3% do PIB nacional. Para cada R$ 1 mil gastos, o setor devolve R$ 3.650 à economia, segundo o estudo.

    Entretanto, o cenário ainda é difícil. A pesquisa da FGV mostra que 30% das empresas estão endividadas. Dessas, 75% não conseguem pagar os parcelamentos em dia.

    Por isso, a Abrasel quer facilitar a transição do Simples Nacional para o novo modelo tributário, que deve começar em breve. A entidade também estima que a desoneração pode reduzir a informalidade em até 10% nos primeiros dois anos. Além disso, a medida terá baixo impacto fiscal e preservará a competitividade das empresas.

    Dessa forma, as reuniões em Brasília tiveram o objetivo de sensibilizar os parlamentares. “Esse é um setor pujante, que é berço do primeiro emprego e pilar do desenvolvimento social”, afirma Juliana Débastiani.

     

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