Formados pelo Universidade Gratuita começam a cumprir contrapartida com trabalho social

    Aluno beneficiado pelo programa Universidade Gratuita, vestindo moletom marrom com a inscrição
    Foto: Divulgação/Thiago Kauê/Secom GOVSC

    O programa Universidade Gratuita, lançado em setembro de 2023, começa a mostrar seus primeiros impactos práticos em Santa Catarina. A partir de agosto, cerca de 2.300 estudantes formados tornam-se aptos a retribuir o investimento do Estado por meio de trabalho em benefício da sociedade.

    Conforme previsto no edital, a contrapartida é proporcional ao número de semestres cursados com bolsa. No entanto, ela só precisa ser cumprida após a formatura, o que facilita a rotina dos estudantes durante o curso.

    Educação com retorno social

    De acordo com o governador Jorginho Mello, o objetivo do programa vai além de garantir acesso à universidade. “Isso traz dignidade. O estudante retribui o que o Estado fez por ele. Com isso, melhoramos também os serviços públicos”, afirmou.

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    Além disso, o governador destacou os benefícios diretos para a população. “Teremos médicos nos postos de saúde, engenheiros em obras, psicólogos em clínicas públicas e advogados atendendo quem mais precisa. Tudo isso como parte da contrapartida do Universidade Gratuita.”

    Acesso, permanência e contribuição

    Segundo a secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta, o programa já contempla mais de 50% dos alunos das instituições comunitárias. “Queremos garantir que estudantes de escolas estaduais ingressem no ensino superior. Mas também que, ao final, contribuam para o desenvolvimento do nosso estado”, explicou.

    Assim, o Universidade Gratuita se firma como a maior política educacional da história catarinense. Além do apoio financeiro, ele incentiva o compromisso social e o retorno prático do investimento público.

    Exemplos que fazem a diferença

    Em Joinville, a contrapartida já virou realidade. A psicóloga Bruna Karnopp, formada pela Univille, utilizou a bolsa nos dois últimos semestres. Hoje, ela atua no Instituto Somos do Bem, em uma comunidade carente da cidade.

    “Durante a graduação, eu estudava à noite e trabalhava o dia inteiro. Com a bolsa, pude focar nos estudos no último ano. Agora, com mais tempo e formação, retribuo com palestras, oficinas e dinâmicas para a comunidade”, explicou.

    No total, Bruna deve cumprir 220 horas de serviço. “Além das atividades previstas, acabo ajudando em outras frentes também. O objetivo principal era contribuir com palestras ligadas à psicologia, e isso faço com muito orgulho.”

    Já Jackson Izaquiel Meirelles, formado em Educação Física no fim de 2024, atuou em projetos de iniciação desportiva e reabilitação. “O programa me deu experiência prática. Trabalhei com crianças e adolescentes e pude aplicar os conhecimentos adquiridos no curso”, afirmou.

    Formação para além dos estudantes

    Além dos estudantes, o programa também envolve as instituições de ensino superior. Conforme o edital, elas devem oferecer formação continuada aos professores da rede estadual de ensino.

    Essa ação, realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e as 37 Coordenadorias Regionais, fortalece a capacitação docente. Desse modo, o programa ajuda a manter os professores atualizados e melhora a qualidade do ensino oferecido.

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