Operação The Rock: PCDF desarticula rede internacional de golpes digitais e prende suspeito em SC

A Polícia Civil do Distrito Federal lançou nesta quinta (04/12), a Operação The Rock e prendeu um homem de 32 anos, natural do Benim (Africa) e morador de Santa Catarina. Ele atuava como operador financeiro no Brasil para uma rede internacional de estelionato eletrônico. As investigações começaram em setembro de 2025 e avançaram rápido. Conforme a análise dos dados telemáticos, os golpistas acessavam as contas a partir de um país africano, enquanto o preso gerenciava recebimentos, movimentações via PIX e suporte logístico.

O esquema usava engenharia social sofisticada. Os criminosos criavam perfis falsos que imitavam o ator Dwayne Johnson, conhecido como The Rock. Assim, as vítimas acreditavam conversar com o artista. Depois que o vínculo emocional era criado, o grupo anunciava um falso prêmio internacional de 800 mil euros. Em seguida, enviava documentos falsos, fotos de pacotes lacrados e mensagens em inglês para reforçar a farsa. Logo depois, exigia pagamentos de taxas, seguros e liberações aduaneiras. Todos os valores eram enviados via PIX para contas controladas pelo operador financeiro no Brasil.

A imagem representa a dinâmica usada no golpe investigado pela Operação The Rock, mostrando a foto do ator associado à fraude de um lado e, do outro, a figura simbólica da vítima, para ilustrar como os criminosos criavam confiança antes de aplicar o engano.
Foto: PCSC/Divulgação
Casos registrados em vários estados

Os prejuízos já confirmados mostram a dimensão da fraude. Uma moradora de Brasília perdeu 11,6 mil reais. Outra vítima, em Minas Gerais, teve prejuízo de cerca de 80 mil reais. Além disso, a polícia acredita que haja mais vítimas. A identificação delas depende da perícia dos aparelhos apreendidos.

Publicidade

A operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Florianópolis e Itajaí. Além disso, realizou a prisão preventiva e bloqueou valores ligados ao grupo. A ação contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina. Os investigadores recolheram telefones e dispositivos eletrônicos, que agora passam por perícia.

O preso responderá por estelionato eletrônico, crime que prevê pena de quatro a oito anos de prisão, além de multa. Segundo a Polícia Civil, a operação reforça o combate a organizações criminosas internacionais que aplicam golpes digitais em brasileiros.

Publicidade
COMPARTILHAR