Alesc discute a tese do marco temporal, com foco nos impactos na agricultura

Os reflexos do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os efeitos da tese do marco temporal em Santa Catarina são debatidos em audiência pública nesta segunda-feira (15), na Alesc. O foco da maioria dos deputados estaduais de SC é o possível impacto da reprovação do marco temporal em mudanças territoriais de diversos municípios, principalmente em áreas agrícolas.

A tese do marco temporal, originada por um recurso do IMA-SC no STF para uma reintegração de posse contra o povo Laklanõ em Vitor Meireles, é uma proposta que busca estabelecer um ponto de referência no tempo sobre ocupações de terras indígenas.

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A tese em geral é defendida por ruralistas, pois considera que os indígenas só teriam direito à terra se estivessem sob sua posse até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, e desconsidera ocupações posteriores, o que pode fazer com que localidades não sejam reconhecidas ou demarcadas como terras indígenas.

Em decisão 2019, o STF começou a votar o recurso extraordinário 1.017.365, do IMA, sobre a “repercussão geral” do julgamento. O julgamento está suspenso por pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. Até o momento, foram proferidos dois votos: o do relator, ministro Edson Fachin, que se manifestou contra o marco temporal, e o do ministro Nunes Marques, a favor. Isso significa que o que for julgado nesse caso servirá como jurisprudência. O STF retoma o julgamento do marco temporal em junho.

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