Alvo de investigações, ex-diretor do Procon de SC acusa “armação” e denuncia suposta fraude

    Salum foi exonerado na quinta-feira (28) por denúncias de assédio contra funcionárias

    Salum acusa gestão anterior do Procon de fraude
    Salum acusa gestão anterior do Procon de fraude após ser denunciado por assédio sexual - Foto: Reprodução/CSC

    O ex-diretor do Procon de Santa Catarina, Roberto Salum, está no centro de um embate envolvendo acusações de assédio sexual e alegações de fraudes na gestão anterior do órgão. Salum nega veementemente as acusações de assédio, afirmando ser vítima de uma “armação” por parte de Tiago Silva, ex-diretor do Procon, a quem acusa de envolvimento em uma fraude “de 18 milhões”.

    As alegações foram feitas em vídeo espalhado nas redes nesta quarta-feira (3/4), cinco dias após a exoneração de Salum da direção do órgão estadual de defesa do consumidor, por conta das denúncias de assédio contra duas funcionárias.

    Salum alega ter levado as denúncias de fraudes à Procuradoria Geral do Estado (PGE) e ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), porém, os órgãos alegam que as provas não foram apresentadas de forma adequada. Enquanto isso, a Polícia Civil investiga as acusações de assédio sexual feitas por uma funcionária terceirizada do Procon contra Salum.

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    Além disso, outras 15 denúncias foram registradas na ouvidoria, apontando condutas como abuso de autoridade, assédio moral e porte de arma de fogo por parte do ex-diretor. Uma segunda vítima também denunciou um suposto caso de assédio sexual. Salum alega que foram diversas denúncias “sobre o mesmo caso”.

    Contrapontos

    Tiago Silva, ex-diretor do Procon entre 2019 e 2022, afirmou nas redes sociais que: “Ele alega que descobriu uma ‘fraude milionária’ dentro do órgão, no período em que eu fui diretor e que tudo seria uma retaliação. Será devidamente processado. Nunca precisei cometer fraude, forjar acusações ou assediar pessoas para chegar aonde cheguei. Meu caráter é público.

    Em relação às denúncias feitas por Salum, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE/SC) esclarece que um ofício foi protocolado de forma física, o que atrasou sua tramitação, já que o Estado lida apenas com documentos eletrônicos. O documento mencionava suspeitas de danos ao Fundo de Recuperação de Bens Lesados (FRBL), responsabilidade do Ministério Público de Santa Catarina. O procurador-geral do Estado autuou um processo digital para informar o procurador-geral de Justiça sobre as alegações do ex-diretor.

    Já a Polícia Civil diz que instaurou dois inquéritos policiais para apurar os fatos, sendo um deles na 1ª Delegacia de Polícia da Capital e outro na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Capita que as oitivas estão sendo realizadas. “Voltaremos a nos manifestar assim que tivermos novas informações para divulgar sobre as investigações, mas que, por enquanto, não iremos repassar mais informações para não atrapalhar o andamento dos procedimentos policiais“.

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