Cortes na educação afetam 120 mil bolsistas e pesquisadores em SC

    Reitores de instituições ferais em SC manifestam preocupação com orçamento

    Os reitores da UFSC, IFSC e UFFS vieram a público expressar grande preocupação com os impactos das medidas de restrição orçamentária impostas pelo governo federal. Os cortes na Educação, argumentam, comprometem o funcionamento das instituições e prejudicam diretamente milhares de bolsistas, que estão, até agora, sem receber seus pagamentos.

    Conforme relatam, as restrições atingem 120 mil estudantes, incluindo bolsistas de famílias de baixa renda, que dependem do apoio de assistência estudantil para permanecer estudando. Pesquisadores que se dedicam ao desenvolvimento da ciência e que deixarão de receber o pagamento pelo trabalho desenvolvido. Fornecedores, que são essenciais na prestação de serviços para o bom funcionamento de todas as instituições, não receberão pelo serviço já prestado.

    Os reitores também ressaltaram que ao longo do ano de 2022, as instituições federais de ensino em SC enfrentaram diversos bloqueios e cortes orçamentários. Em junho, um corte de mais de R$ 12 milhões foi aplicado aos orçamentos de todas essas instituições. “O presente momento é ainda mais grave, pois o Ministério da Economia não realizou os repasses financeiros esperados no início de dezembro, enquanto continua vigente o bloqueio para novos empenhos”.

    UFSC

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    O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, está em Brasília para participar de atividades da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e, nesta quinta-feira (8/12), participará da reunião ordinária que tratará do orçamento das universidades federais para 2023. “Em um contexto crítico, como o que estamos enfrentando, é fundamental que as universidades estejam articuladas e se mobilizem para reverter esse quadro insustentável de falta de recursos financeiros”, destacou o reitor. Também nesta quinta-feira alunos da UFSC fazem manifestações no câmpus da Trindade contra os cortes.

    ANPG orienta paralisação

    A ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) orienta a paralisação das atividades de pesquisa até que o Governo Federal pague as bolsas. “A situação atual é consequência direta da escandalosa devassa nas contas públicas que Jair Bolsonaro realizou para garantir recursos para o orçamento secreto e sua reeleição, associado aos efeitos de sua política econômica. Em virtude disso, há bloqueio financeiro que não permitem que a Capes, Universidades e outros órgãos cumpram com suas obrigações financeiras”, escreveu a associação em comunicado.

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