Detentos da Colônia Agrícola de Palhoça produzem tachões para o programa Estrada Boa

    Parceria entre o Estado e empresa privada permite que mais de 50 presos fabriquem 12 mil tachões por dia para obras de infraestrutura em SC

    Foto: Jaqueline Noceti//Sejuri/Divulgação

    Na Colônia Agrícola de Palhoça, na Grande Florianópolis, o trabalho dos apenados tem se transformado. Além de ressocializar, também apoia diretamente as obras de infraestrutura do Governo de Santa Catarina.

    É de dentro da unidade prisional que saem os tachões — estruturas de sinalização que organizam o fluxo de veículos. Eles são usados em várias vias revitalizadas pelo programa Estrada Boa, coordenado pela Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE).

    O serviço é possível graças a um termo de parceria laboral entre o Estado e uma empresa privada instalada na unidade. Atualmente, mais de 50 presos trabalham diariamente na produção. Além disso, seguem os padrões técnicos exigidos para instalação em rodovias. A produção chega, em média, a 12 mil tachas por dia.

    Ressocialização com impacto social e econômico
    Publicidade

    Como resultado, o trabalho representa economia para os cofres públicos. Ao mesmo tempo, reforça o caráter social da política de ressocialização do sistema prisional catarinense.

    “É uma via de mão dupla: os apenados se mantêm ocupados com uma atividade produtiva, aprendem um ofício e têm direito à remição da pena. Ao mesmo tempo, o Estado reduz custos e consegue manter o ritmo das obras do Estrada Boa com mais eficiência”, afirma a secretária de Estado da Justiça e Cidadania, Danielle Amorim Silva.

    A Colônia Agrícola abriga detentos do regime semiaberto. Por isso, se destaca pelo foco no trabalho como ferramenta de reintegração. Além da produção dos tachões, há atividades de marcenaria, agricultura e manutenção predial. Tudo ocorre sob supervisão técnica, em parceria com órgãos públicos e privados.

    Dessa forma, a experiência reforça a proposta do Governo de Santa Catarina de unir segurança pública, justiça e infraestrutura em políticas integradas. Ao incluir os apenados no ciclo produtivo, o Estado promove cidadania. Além disso, impulsiona o desenvolvimento regional e ajuda a reduzir a reincidência criminal.

    O Programa Estrada Boa executa obras estruturantes em todas as regiões. As ações incluem restauração em concreto e asfalto, duplicação, pavimentação e implantação. Até agora, treze grandes obras já foram entregues. Outras devem ser concluídas no segundo semestre de 2025 e ao longo de 2026.

    Publicidade