Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: FAHECE reforça inclusão no mercado de trabalho

Colaboradores da FAHECE compartilham experiências pessoais em encontro sobre inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Foto: FAHECE/Divulgação

O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, marca um importante avanço para a inclusão social, especialmente no acesso ao mercado de trabalho. Para destacar a data, a FAHECE promoveu um encontro com colaboradores e convidados especiais, com o objetivo de compartilhar experiências e incentivar ações que fortaleçam a construção de uma sociedade mais acessível, justa e inclusiva.

Atualmente, a FAHECE conta com 91 colaboradores com deficiência, incluindo profissionais das unidades sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde – HEMOSC, CEPON e SAMU.
“A empatia e a solidariedade são valores da FAHECE. Por isso, para além da legislação, buscamos garantir a inclusão das pessoas com deficiência em nossas unidades”, destaca o presidente da instituição, Dr. Alvin Laemmel.

Para a gerente de Gestão de Pessoas da FAHECE, Bianca Linhares Brasil, a inclusão de pessoas com deficiência é um objetivo estratégico e já faz parte da cultura organizacional.
“A inclusão na área da saúde é um desafio, mas temos observado grande engajamento das equipes em acolher esses colaboradores, criando um ambiente diversificado, inovador, empático e com bom clima organizacional”, afirma.

Relatos e vivências
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Durante o encontro, a pedagoga Andrea Pedrinho, da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), compartilhou sua trajetória após o diagnóstico de autismo. Ela convidou os presentes a refletirem sobre a necessidade de desconstruir o capacitismo no dia a dia.
“Diagnóstico não é destino. As pessoas existem em diversas dimensões que vão além da deficiência, e é preciso enxergar esses aspectos para poder acolher”, afirmou.

Na sequência, colaboradores das unidades sob gestão da FAHECE relataram suas experiências. José Luiz Moreira Júnior, do CEPON, Juliana Medeiros Truppel, do SAMU, e Letícia Hauptli Gonçalves, do HEMOSC, compartilharam suas histórias de vida e trajetória profissional.

A história de José Luiz Moreira Júnior, por exemplo, é inspiradora. Colaborador do CEPON há 11 anos, ele encontrou na instituição não apenas um espaço de trabalho, mas também de acolhimento, respeito e valorização. Convivendo com limitações deixadas pela paralisia infantil, mostra que a deficiência não o define.

“Sou conhecido na instituição como Perninha. Tive paralisia infantil, mas isso não me define. Em 1997, antes de trabalhar no CEPON, enfrentei uma leucemia e, por ironia da vida, hoje faço parte da equipe. Sempre fui muito bem acolhido por todos”, contou.

José Luiz também relembrou os desafios da infância, marcados pelo preconceito e pelo bullying (ainda sem esse nome na época). “Sempre precisei me esforçar em dobro para mostrar que a minha deficiência não me limitava. Também sou ciclista: só a minha perna esquerda faz força, a direita não, mas mesmo assim já participei de diversas corridas”, destacou. “No CEPON, encontrei um espaço onde sou reconhecido pelo meu trabalho e pelo meu jeito de ser”, completou.

Vagas abertas

A FAHECE mantém vagas permanentes para pessoas com deficiência em suas unidades sob gestão. Os interessados podem acompanhar as oportunidades pelo link: www.fahece.org.br/trabalhe-conosco.

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