Dois vereadores do mesmo partido brigam na Câmara de São José

Após troca de ofensas, Antonio Lemos e Sanderson de Jesus partiram para cima um do outro em briga na Câmara, nesta segunda, véspera de aniversário da cidade

lemos fala na tribuna da câmara
Após o seu indicado ao título de cidadão honorário ter sido negado pela câmara, Lemos foi à tribuna fazer críticas à imprensa e ao legislativo - Imagem: CMSJ/Reprodução/CSC

Dois vereadores do mesmo partido quase trocaram socos na sessão da Câmara Municipal de São José (CMSJ) nesta segunda-feira (18/3).

Antonio Lemos e Sanderson de Jesus, ambos do MDB, discutiram em plenário e tentaram se agredir. A briga foi apartada pelos demais colegas.

A discussão iniciou após Lemos ir à tribuna é fazer duras críticas à “política josefense”. O assunto era a rejeição que a Câmara deu ao nome de Jaime Klein como cidadão honorário, título que será concedido a 19 pessoas nesta terça, aniversário da cidade.

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Lemos fez críticas à uma nota na imprensa tratando do caso e à própria Câmara, “por usar dinheiro público pra divulgar informações falsas”.

A nota em questão foi publicada pelo jornalista Ânderson Silva, do Diário Catarinense, no último final de semana. Silva utilizou informações fornecidas pela assessoria da Câmara, as quais Lemos afirma serem mentiras. “É mentirosa a informação dada oficialmente pela Câmara de Vereadores”, declarou Lemos na tribuna, que acrescentou: “a câmara não é assessoria de uma facção”.

Após a fala, Sanderson rebateu argumento do colega e os dois passaram a discutir, fora dos microfones. Lemos teria ido pra cima de Sanderson após empurrar o vereador Orvino Coelho de Ávila. Houve troca de ofensas e os outros vereadores contiveram a briga.

Com o plenário tumultuado, o presidente, Michel Schlemper (MDB), cancelou a sessão.

A polêmica

O título de cidadão honorário é concedido pela câmara de São José tradicionalmente no aniversário da cidade, em 19 de março. Neste ano, mais uma vez, houve a indicação do nome de Jaime Klein, atuante no Observatório Social de São José, que foi negada em votação em plenário. A negação se deu em função da informação de que Klein, que é auditor fiscal do Estado, recebeu aditivos de aproximadamente R$ 4 mil por mês para custear combustível e o uso do carro próprio em serviço – procedimento que é legalizado.

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