Santa Catarina é o quarto maior produtor de bananas do Brasil. Além disso, é o primeiro em exportação da fruta. A produção está concentrada nas regiões Norte e do Vale do Itajaí. Municípios como Corupá, Luiz Alves, Massaranduba e Jaraguá do Sul se destacam.
Uma das principais razões para esse desempenho é a sanidade vegetal. Por isso, a Cidasc, órgão oficial de defesa agropecuária do estado, atua com prevenção e controle de pragas. Entre elas estão o Moko da Bananeira, o Mal-do-Panamá, a Traça da Bananeira e a Sigatoka Negra.
Para evitar a entrada dessas pragas, a Cidasc fiscaliza cargas agropecuárias. Além disso, orienta os produtores sobre boas práticas culturais e o plantio de mudas certificadas. Também monitora a certificação fitossanitária. Por fim, emite a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), conforme as normas técnicas.
Tecnologia é aliada no monitoramento das plantações
Nesse cenário, a tecnologia tem sido fundamental. A Cidasc usa drones para observar as plantações. Assim, é possível identificar plantas com sintomas de doenças. Isso ocorre por meio de imagens aéreas. A detecção é rápida e precisa.
Essa tecnologia é muito importante na prevenção do Mal-do-Panamá raça 4 tropical. Essa praga ainda não existe no Brasil, mas apresenta alto risco para a bananicultura nacional.
O engenheiro-agrônomo Julio Vilperte explica que a Cidasc já utiliza drones multiespectrais. Eles geram mapas de índices de vegetação. Isso ajuda a monitorar a saúde das plantas.
Vilperte destaca que, em países da Ásia e da África, os drones detectam doenças com mais de 90% de precisão. Além disso, a tecnologia torna as inspeções mais eficientes. Dessa forma, auxilia na tomada de decisões para a defesa sanitária.
Com as imagens dos drones, os técnicos conseguem diferenciar plantas saudáveis de plantas estressadas. O estresse pode ser fitossanitário ou nutricional. Plantas nessa condição ficam mais vulneráveis a pragas.
O monitoramento por drones é uma das ações do programa sanitário da Cidasc. Entre os resultados, está a erradicação do Moko da Bananeira. Também há o controle da Sigatoka Negra. Isso traz benefícios aos produtores rurais.
Embora essas pragas não prejudiquem a saúde humana, afetam a produtividade. Quando a produção cai, toda a população sofre impacto.
A produção de bananas em Santa Catarina tem certificação fitossanitária há décadas. Por isso, a Cidasc fiscaliza e audita todo o processo. Isso inclui inscrições e habilitações.
Assim, os bananicultores catarinenses conseguem vender para outros estados e para o exterior.
A combinação de tecnologia, fiscalização e boas práticas culturais garante o sucesso e a competitividade da bananicultura em Santa Catarina.