As exportações de Santa Catarina cresceram 1,5% em agosto de 2025, em comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O valor exportado passou de US$ 956,7 milhões para US$ 971,4 milhões.
Apesar das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, o estado conseguiu avançar. Isso demonstra a resiliência da economia catarinense. Além disso, reforça a força de uma indústria diversificada, que atende mais de 200 destinos ao redor do mundo.
No entanto, o crescimento geral esconde oscilações importantes. As exportações para os EUA caíram cerca de 20% no período. Com isso, setores como madeira, móveis, motores de pistão e peças automotivas foram diretamente impactados.
Por outro lado, as vendas para outros países aumentaram. As exportações para China, México, Argentina, Chile e Arábia Saudita registraram alta. Produtos como carne de frango, soja, papel, aparelhos elétricos e máquinas industriais puxaram esse crescimento.
Além disso, os dados reforçam a análise feita pelo Governo de Santa Catarina sobre os efeitos das tarifas. Para o governador Jorginho Mello, o desempenho mostra a força do setor produtivo catarinense. “É uma prova de como a economia do estado é sólida. Os países continuam interessados no que produzimos aqui”, afirmou.
Ele também lembrou que o estado lançou um pacote de R$ 435 milhões. O objetivo é apoiar empresas afetadas pelas barreiras impostas pelos EUA. “Enquanto algumas enfrentam dificuldades, outras continuam crescendo. Isso mostra que Santa Catarina segue liderando o crescimento econômico do Brasil”, completou.
Crescimento de 5,9% no acumulado de 2025
Entre janeiro e agosto de 2025, o estado faturou US$ 7,9 bilhões com exportações. O número representa um crescimento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2024. Naquele ano, o valor registrado foi de US$ 7,5 bilhões.
Portanto, o resultado parcial de 2025 é o melhor dos últimos três anos. Esse avanço foi impulsionado principalmente por produtos como carne de frango, carne suína, tabaco, papel, cartão, aparelhos elétricos e máquinas industriais.
Segundo o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, o desempenho está ligado à estrutura do setor produtivo catarinense. “Santa Catarina tem uma indústria de excelência. Ela é forte, diversificada e espalhada em diferentes regiões”, disse.
Além disso, ele destacou a importância dos programas de incentivo. “As políticas públicas, como o Prodec e o Pró-Emprego, garantem investimento, competitividade e geração de empregos”, afirmou Dreveck.
Enquanto alguns setores enfrentam oscilações, outros sustentam a alta nas exportações. Assim, o equilíbrio entre os segmentos garante estabilidade mesmo em cenários externos desfavoráveis.
Nos oito primeiros meses de 2025, a carne de frango liderou o ranking de exportações, com US$ 1,28 bilhão. Em segundo lugar aparece a carne suína, com US$ 1,13 bilhão. Em seguida vêm:
- Geradores elétricos: US$ 423,1 milhões;
- Soja: US$ 368,7 milhões;
- Madeira: US$ 316,9 milhões;
- Folheados de madeira: US$ 284,1 milhões;
- Motores de pistão: US$ 276 milhões.
