Famílias atingidas pelo rompimento de reservatório protestam por auxílio financeiro da Casan

Famílias atingidas por rompimento de reservatório
Famílias atingidas por rompimento de reservatório não tiveram apenas perdas materiais, como também impacto em suas rendas - Foto: Lucas Cervenka/CSC

Famílias que foram atingidas pelo rompimento do reservatório da Casan no bairro Monte Cristo, há duas semanas, estão protestando para pressionar a companhia fazer o pagamento de auxílio emergencial e compensar a perda de renda. A Defensoria Pública do estado também recomendou o pagamento, uma vez que as indenizações feitas até agora tratam de parte dos prejuízos de bens e não do impacto nas formas de ganho das pessoas atingidas.

Conforme a recomendação da Defensoria, o parâmetro de pagamento é o que ocorreu com os moradores da Lagoa da Conceição atingidos por outro rompimento de infraestrutura da Casan. O pedido é por um salário mínimo regional (R$ 1.740) para cada adulto, meio salário para adolescentes e um quarto do valor para cada criança até 12 anos residentes nos imóveis atingidos.

Uma reunião na Casan nesta quarta-feira (20/9) tratou do tema da ajuda financeira, com a diretoria da estatal, representantes da comunidade e do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB). Segundo a Casan as partes concordaram com a criação de uma comissão para construir uma solução. O primeiro encontro dessa comissão ocorrerá nesta quinta-feira (21/9), com três representantes de cada lado. A Casan destaca que já pagou R$ 2,1 milhões de indenizações parciais, fornece auxílio psicológico e, entre outras compensações, está com 23 processos de lucros cessantes abertos. Muitos dos pontos atendidos pela companhia ocorrem após articulação do MAB.

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No final da tarde dessa quarta, porém, após a reunião, um grupo de moradores insatisfeitos com o impacto da enxurrada e o prejuízo em seus trabalhos fez uma caminhada da comunidade do Sapé para a esquina das avenidas Atlântica e Max Schramm, no Jardim Atlântico, para chamar a atenção à necessidade urgente do auxílio financeiro.

Segundo as reivindicações é necessário mais agilidade nas indenizações, pois há o risco de que o pagamento sobre os bens destruídos seja usado para manter despesas do cotidiano, definição sobre as famílias que ainda precisam ficar hospedadas em hotéis, valores mais justos de pagamento de veículos financiados, mais transparência nos critérios de reparação e por atendimentos mais rápidos.

Desdobramentos
+ Problemas com reservatório da Casan iniciaram dois meses após inauguração
+ Reservatório em São José construído pela mesma empresa é desativado
+ Creche no Sapé volta a funcionar após uma semana
+ Câmera flagrou rompimento do reservatório

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