Florianópolis inicia novo modelo para ampliar internações involuntárias

Prefeitura contratou vagas em clínicas particulares em todo o país

A Prefeitura de Florianópolis iniciou um novo modelo de internações involuntárias para pessoas em situação de rua. Agora, o município compra vagas em clínicas particulares de todo o país. Com isso, a gestão amplia o número de atendimentos e garante tratamento mínimo de 90 dias.

O prefeito Topázio Neto explicou que, antes, a cidade dependia apenas de clínicas da região. Essa limitação muitas vezes impedia a conclusão do tratamento contra a dependência química. “Agora, queremos ganhar escala. Estamos indo até onde a lei nos permite”, afirmou.

Na noite de sexta-feira (19/09), equipes da prefeitura encaminharam uma jovem de 23 anos para uma clínica. A família a abandonou aos 11 anos. Desde então, ela viveu nas ruas e desenvolveu problemas psicológicos ligados ao uso de drogas. A equipe já havia feito diversas abordagens, mas a jovem sempre recusava acolhimento.

Como funciona a internação
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A internação involuntária ocorre apenas com autorização médica. O médico identifica quem não tem condições de buscar ajuda sozinho. Esse procedimento vale quando a pessoa rejeita os serviços da assistência social.

O ambulatório da População em Situação de Rua (PSR), na Passarela da Cidadania, faz parte desse processo e ajuda no encaminhamento.

“Todos os dias nossas equipes avaliam quem precisa de ajuda e quer mudar de vida, quem comete crimes e deve ir para a prisão e quem precisa de internação”, ressaltou Topázio Neto.

Outras ações

Além das internações involuntárias, a prefeitura mantém programas de retorno à cidade de origem. Em 2025, a gestão já emitiu mais de 400 passagens para que pessoas em situação de rua voltem a seus municípios, após articulação com as equipes de assistência social locais.

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