Grande Florianópolis, mesmo na faixa vermelha, tem poucas mudanças

    Classificação de risco não significou alterações na rotina para conter a pandemia

    algumas mulheres de máscara andando no calçadão da felipe schimidt no centro de florianópolis; viatura ao fundo
    Ricardo Wolffenbüttel/Secom SC/Divulgação/CSC

    A classificação de risco à Covid-19 na Grande Florianópolis como gravíssima (faixa vermelha) na última semana pouco significou até o momento. A região tem cerca de 5 mil casos ativos e números de contágios que vão aumentando.

    A classificação mais grave já significou diversas restrições ao convívio próximo, a medida mais eficiente até que haja uma vacina contra o vírus, porém, agora, pouca coisa mudou. Alguns órgãos públicos foram fechados na capital. Nos decretos municipais das maiores cidades da última sexta-feira (6/11), pouca ou quase nenhuma mudança, indicando que as medidas restritivas possivelmente só mudarão depois das eleições (próximo domingo), por volta do dia 20, quando fecham os 14 dias em que normalmente ficam vigentes as regras.

    Não apenas permaneceu o contato social na faixa vermelha do estado, como houve, por parte do governo estadual, um movimento de mais liberações na faixa laranja. Quando a Grande Florianópolis voltar para a faixa de risco grave, haverá mais liberdades do que antes, como a volta das aulas presenciais, por exemplo.

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    O impacto econômico explica: a maioria dos setores de trabalho não aceita novas restrições e fechamentos, o que significaria mais desemprego e perda de renda. Algumas entidades comerciais já se posicionaram publicamente contra novos decretos, afirmando que a responsabilidade recai em quem não respeita a regra básica de isolamento – e de fato não há respeito em diversos locais, seja em pancadões nos morros, festinhas em bairros mais caros, ou mesmo na formatura da PRF. A governadora interina também indica esse caminho sem restrições e já inclusive adotou o bordão de “SC não pode parar”. Daniela Reinehr também se posiciona pelo tratamento precoce da Covid-19.

    Casos na Grande Florianópolis

    Os 22 municípios da macrorregião da Grande Florianópolis somam 55.650 casos de coronavírus, de acordo com a associação Granfpolis, com dados das prefeituras. Desses, 50.405 são considerados recuperados da infecção, enquanto que 516 pessoas morreram por complicações da Covid-19, o que resulta em 4.729 casos ativos. Números do painel estadual mostram que 71% dos 248 leitos de UTI da Grande Florianópolis estão ocupados, 80 por pacientes com Covid nesta terça-feira (10/11).

    Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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