O governador Jorginho Mello está em missão oficial a Washington (EUA). Ao longo da semana, ele liderou reuniões com o Banco Mundial e apresentou projetos voltados para infraestrutura, mobilidade, agricultura e resiliência climática. No total, os investimentos somam mais de US$ 500 milhões.
Durante os encontros, o Banco Mundial sinalizou apoio às propostas. Por isso, o governo catarinense espera formalizar os contratos ainda no próximo semestre.
“Viemos buscar recursos para transformar Santa Catarina. Queremos gerar emprego, renda e qualidade de vida para a nossa população”, afirmou Jorginho Mello. Segundo ele, o Estado está pronto para executar projetos com impacto direto na vida das pessoas.
Estrada Boa com embarque para mobilidade
Entre os destaques, o programa Estrada Boa avança para receber US$ 300 milhões em financiamento. Além disso, haverá uma contrapartida estadual de US$ 75 milhões. Os recursos vão reforçar o maior programa rodoviário da história do Estado, com foco na conservação de rodovias estaduais. A operação aguarda aprovação do Senado.
Ao mesmo tempo, o governo catarinense detalhou o PROMOBIS, um megaprojeto de mobilidade para a região da AMFRI. O Banco Mundial vai financiar parte dos US$ 342 milhões previstos. O Estado, por sua vez, aportará US$ 24 milhões. Essa operação ocorrerá por meio do CIM-AMFRI, o primeiro consórcio intermunicipal a obter crédito externo aprovado pelo banco.
Além do sistema de transporte coletivo elétrico com BRT, o projeto inclui obras viárias e um túnel subaquático entre Itajaí e Navegantes. O governador também solicitou a ampliação da iniciativa para outras regiões, como Joinville, Grande Florianópolis e Blumenau.
De acordo com Paulo Bornhausen, secretário de Articulação Internacional, o pedido foi bem recebido. “O Banco Mundial aceitou acelerar os novos projetos. Além disso, considerou ampliar os recursos para ações de resiliência climática”, disse.
Banco autoriza aumento da captação para resiliência climática
Nesse campo, o programa Santa Catarina Resiliente e Protegida teve aumento de captação. O valor, que era de US$ 149 milhões, passou para US$ 200 milhões. O foco são obras estruturantes e estudos técnicos para prevenir desastres, especialmente no Vale do Itajaí.
Enquanto isso, a agricultura também ganhou atenção especial. A comitiva apresentou o SC Rural 2, com previsão de US$ 120 milhões do Banco Mundial e mais US$ 30 milhões em contrapartida estadual. O projeto busca aumentar a renda e a competitividade no campo. Além disso, combate os efeitos de eventos climáticos extremos. Metade dos recursos será aplicada diretamente nas propriedades, sem necessidade de reembolso.
“A juventude precisa enxergar um futuro nas pequenas propriedades. O governador foi claro: é preciso criar políticas que mantenham os jovens no campo com renda e dignidade”, afirmou Bornhausen.
Captação de recursos
Além disso, o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, reforçou a importância da responsabilidade fiscal. “Vamos crescer com apoio de terceiros. Seja com investidores, como em Nova York, ou com financiamentos de fomento, como aqui em Washington”, explicou.
Já o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, resumiu os avanços. “Santa Catarina tem competência, mas precisa de recursos. O que o governador está construindo será transformador”, afirmou.
A missão continua nesta sexta-feira, 16. O governador se reúne com a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Ribeiro Viotti. A comitiva retorna a Santa Catarina no domingo, 18.
