Justiça proíbe aplicação da segunda dose em sócios de clínica em Biguaçu

    Atendendo ao pedido do Ministério Público de Santa Catarina, a justiça proibiu que sócios de uma clínica médica de Biguaçu recebam a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Eles furaram a fila da vacinação alegando serem parte do grupo de profissionais da saúde. A decisão também proíbe que a clínica encaminhe para imunização mais funcionários fora dos grupos prioritários para a vacinação, sob pena de multa de R$ 10 mil.

    O sócio da clínica Biguaçu, sua esposa e seus dois filhos receberam a primeira dose da vacina em fevereiro, alegando que todos eram funcionários da clínica e pertentecente ao grupo prioritário. Eles estão impedidos de receber a segunda dose sob pena de multa.

    Por meio de declarações colhidas com testemunhas, e após análise dessas declarações, o MP entendeu que os réus, mesmo antes do início da pandemia causada pelo coronavírus, não exerciam atividades presenciais na clínica. Segundo o MP, entre 2018 e 2020 os sócios trabalharam em home office nos Estados Unidos e voltaram ao Brasil por alguns meses em 2019. Desde o início da pandemia, em março de 2020, não teriam frequentado a clínica. A apuração da promotoria de justiça descobriu que a família retornou ao Brasil no final de 2020 e não fazia expediente presencial na clínica, o que injustifica o recebimento da vacina.

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