Desmoralização do árbitro de vídeo

arbitros posam com certificados em saguão de hotel com uma grande placa ao fundo escrita
No último final de semana finalizou a capacitação dos árbitros da Libertadores com o VAR, que foi mal utilizado nesta quarta contra o Cruzeiro - Foto: Conmebol

O que aconteceu na noite de quarta-feira (19/9) em Buenos Aires, na tradicional La Bombonera, foi a desmoralização do VAR (árbitro de vídeo). Foi simplesmente bizarra a expulsão de um atleta do Cruzeiro por culpa de asseclas da Conmebol. O time mineiro foi a primeira vítima do “VAR amigo” instaurado pela trupe desta Confederação Sul Americana. O jogador Dedé, depois de perceber a gravidade do choque com o goleiro Andrada, foi o primeiro a solicitar socorro médico, uma atitude digna de um bom competidor. Sua expulsão foi abusiva e absurda. Rasgaram o Guia Universal de Arbitragem e jogaram no lixo. Assim como aqui, essa Conmebol é uma várzea. Uma vergonha essas entidades.

Tempos atrás

Na minha época de árbitro em jogos profissionais, apenas um árbitro, dois assistentes (os bandeirinhas) e um árbitro reserva eram o suficiente para comandar um jogo de futebol. Nossas ferramentas de trabalho eram apenas nossos uniformes, apito, jogo de cartões amarelo e vermelho e um relógio com cronômetro para anotar o tempo. Hoje em dia a “rapaziada” do apito entra em campo, além do que usávamos, com bandeiras eletrônicas, ponto eletrônico no ouvido e uma equipe de seis árbitros e erram muito. Na minha época errávamos? Claro que sim, mas por circunstâncias do jogo. Hoje em dia é muita gente a errar demais.

Futebol e política

Muito se tem ouvido que futebol e política não se misturam. Ledo engano. Basta entrar no mérito das Federações, clubes mantidos com a ajuda do poder público, e até políticos envolvidos em clubes de futebol. Por falar nisso, os “nobres” do STJD estudam julgar o polêmico Felipe Melo, do Palmeiras, pela manifestação de apoio a Jair Bolsonaro, candidato a presidência da República. Em entrevista à Rede Globo após o jogo contra o Bahia, o jogador falou: “Esse gol vai para o nosso futuro presidente Jair”. Uma atitude totalmente arbitrária do STJD se assim o fizer.

Urnas eletrônicas
Publicidade

Até que ponto uma urna eletrônica é confiável? Até mesmo um computador por mais protegido que esteja é suscetível a vírus e invasões de pragas cibernéticas, imaginem um micro. Tudo ali é programado por seres humanos, e por conta disso uma grande maioria do povo brasileiro não acredita muito nessas urnas eletrônicas. O Brasil é um dos poucos países que possui um sistema de votação eleitoral através da urna eletrônica.

Acovardados

Mas bah, tchê, futebol é coisa pra mostrar que, mesmo em terras distantes, o grupo não pode afrouxar. Em Chapecó, o Colorado tinha tudo para se manter na ponta, da tabela, é claro, e seguir como líder deste Brasileirão. Fez um gol e ficou querendo segurar lá atrás um resultado a seu favor. E tem sido assim na grande maioria dos jogos desta Série A. Times acovardados que quando têm o placar favorável parecem galinhas assustadas em galinheiros alheios. A Chapecoense não se intimidou e virou o jogo por conta de um guerreiro chamado Jandrei.

Vontade de vencer

Já venho batendo nesta tecla há algum tempo. O que falta ao time do Figueirense, entre outras coisas, é aquela vontade de vencer e consequentemente uma entrega maior em campo. É evidente a retração de alguns jogadores e a “frouxidão” de alguns atletas, que culminam em atuações pífias acumulando derrotas e mais derrotas nesta Série B. A meu modo de ver é preciso ter mudança na equipe, ir atrás das vitórias, pra trazer a motivação e a autoestima de volta aos seus jogadores, e principalmente aos seu torcedores.

Que várzea

Este campeonato catarinense da Série C, a terceira divisão, é uma verdadeira várzea. No último domingo (16/9), o tradicional clube do Próspera de Criciúma, treinado pelo competente Paulo Baier, aplicou uma sonora goleada de 14 a 0 sobre o pobre do Curitibanos dentro do estádio Mário Balsini. O Curitibanos é o saco de pancadas desta competição. Já sofreu goleadas do Itajaí e Orleans.

Aquela “força”

O Criciúma emplacou a sua terceira vitória contínua ao bater o Avaí por 3 a 2, na tarde do último sábado (16/9). No time do Tigre nada de grandes novidades, é o mesmo que vinha jogando, a única coisa que mudou nesta partida foi que além da competência, o time do sul do estado também contou com o fator sorte. O Leão falhou demais no seu sistema defensivo. Geninho mexeu mal no time e o Avaí acabou dando aquela “força” para o Criciúma emplacar três vitórias consecutivas.

Bezerra

O futebol catarinense amanheceu mas triste nesta quarta-feira (19/9), quando perdemos um dos ícones da arbitragem de Santa Catarina. José Carlos Bezerra, aos 77 anos, acabou falecendo justamente na data de seu aniversário. Na minha modesta opinião, Bezerra foi nosso melhor árbitro de toda a história. Este colunista teve a oportunidade de conviver com Bezerra acumulando várias histórias recheadas de boas lembranças hilárias. A arbitragem e o futebol catarinense estão de luto.

Cartão rosa/vermelho

Cartão rosa para o CCPI da Ponte do Imaruim, que neste domingo (23/9) realizará a 10ª edição da Stammtisch, em Palhoça. A população da Ponte do Imaruim irá receber os amigos ao ar livre para rir, comer e dançar. Mais de 40 barracas vão
proporcionar aos visitantes uma vasta gastronomia. Bandas de origem alemã irão alegrar a rua 31 de Março. A Stammtisch é para todos.

Cartão vermelho para o lateral esquerdo Marlon, do Criciúma, que foi expulso do jogo contra o Avaí por fazer gestos ofensivos contra a torcida azurra. Esses abobados depois ficam marcados por torcidas adversárias e não sabem por quê. A comemoração é livre e espontânea, desde que seja respeitado o torcedor adversário. Não é à toa que este “atleta” já foi expulso de campo quatro vezes, prejudicando o seu clube. Uma boa multa em seu salário seria uma boa ideia.

Pensamento do bambi

Tenho alguns amigos que bebem tanto, que se forem cremados, nunca mais apagam.

foto antiga de uma partida de futebol e preto e branco mostra árbitro acompanhando lance de cabeça com torcida ao fundo
Conheci José Carlos Bezerra há décadas atrás. Mantínhamos uma boa amizade recheada de divertidas e inusitadas situações. Bezerra amava a arbitragem, só não chegou ao quadro da FIFA por imposição do BESC, onde trabalhava. Justamente na data de seu aniversário (19/9) ele nos deixou pra sempre. Na foto, um dos tantos clássicos por ele apitado: Zé, Zenon 10 e Zé Carlos 11. Vai deixar uma grande lacuna na arbitragem catarinense – Foto: Arquivo Pessoal Zenon/Divulgação/CSC
Publicidade
COMPARTILHAR