O pior campeonato catarinense

Taça do campeonato catarinense 2018 em forma de estrela em frente à sede da FCF
Foto: FCF/Divulgação

Estamos enfim chegando ao desfecho de um dos piores campeonatos catarinenses dos últimos tempos. Seja pelo baixo futebol apresentado pelos dirigentes, que se acovardaram (com exceção de Battistotti), diante da proposta insensata da competição e pela desvalorização dos clubes. Foi um Catarinão que não despertou o interesse do torcedor, bateu recordes negativos de presença nos estádios. E não podemos isentar a culpabilidade da FCF (Federação Catarinense de Futebol), que fatura alto, gasta alto, vive bem e pouco se importa com seus clubes afiliados.

Lição

A grande maioria dos jogadores brasileiros deveria prestar atenção ao jogo Juventus e Real Madrid pela Champions League. Eles iriam aprender a jogar futebol, a se respeitar mais em campo e não simular faltas. Cada ano que passa está ficando difícil de assistir jogos do nosso desvalido futebol. Assisti alguns jogos de vários estaduais, alguns tão feios, que a bola deveria processar alguns jogadores, de tanto que a molestaram. Vendo jogos europeus, nem dá vontade de assistir ao futebol tupiniquim. Não é à toa que presenciamos camisas de Real Madrid, Barcelona, Manchester City, PSG e tantas outras pelas ruas de nossas cidades.

Exemplo de torcida

O futebol, quando é bem jogado, com respeito às regras e ao adversário, é algo que transcende até mesmo a paixão da torcida adversária. Foi o que aconteceu em Turim. Um gesto tão bonito do torcedor da Juventus, quanto ao gol antológico de bicicleta de CR7, quando aquela torcida italiana ultrapassou a linha do clubismo e aplaudiu a sedução do futebol sem importar a cor da camisa. Esse é um bom exemplo pra ser importado. Ah, se as nossas torcidas fossem assim!

Árdua função
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Reprovado por alguns jogadores, insultado por torcedores e contestado pela televisão. Assim é o árbitro de futebol, a quem tanto se impõe e que não possui direito algum fora das quatro linhas. O último domingo serviu para demonstrar que quando os jogadores querem somente jogar, qualquer pessoa conhecedora das 17 regras apita um jogo sem ser percebido. Foi assim em Itaquera no jogo do Corinthians e Palmeiras onde a “cuía” roncou, e na Ressacada no jogo entre Avaí e Chapecoense onde a árbitra apitou e passou despercebida.

Renata Fan

Não convidem para mesma mesa a apresentadora Renata Fan e o atacante Jô, ex-Corinthians. Tudo por conta de um comentário da loira durante o programa Jogo Aberto, da Bandeirantes, em que a apresentadora comparou o jogador a um ladrão. Foi após a vitória do Corinthians contra o Vasco, no Brasileirão de 2017, quando o atacante utilizou o braço para concluir ao gol. Jô se sente injuriado, ofendido e ridicularizado, e está pedindo R$ 100 mil na Justiça.

Finalistas

Tudo já passou. Quem era pra cair já caiu e quem era pra permanecer na elite do campeonato catarinense já se garantiu. O foco, agora, é para a grande final deste Catarinão no próximo domingo (8/4) entre Chapecoense e Figueirense, em Chapecó. Os dois times estão com muita concentração e trabalhos sem muitos enigmas na busca do objetivo, que é o título. A Chapecoense é um time guerreiro. Passou por uma grande tragédia e soube dar a volta por cima. O Figueirense, que vai para a final, não deverá ser muito diferente daquele que disputou o catarinense até aqui, mas é o time que vai tentar levantar a 18ª taça. Um time acostumado a grandes confrontos no futebol de SC e até mesmo no Brasil. Será um jogo de fortes emoções. É o que eu espero.

No Bistrô

Parece que o pedido tradicional de casamento com buquê de flores, jantar romântico e luz de vela é coisa do passado. Em Cocal do Sul/SC, um pedido de casamento chamou a atenção de todos. Jussara de Jesus, de 41 anos, fez o pedido a Dilnei, de 56 anos, em um bar que costuma frequentar. Se a moda pega por aqui, o Bistrô do Dedé, na Ponte do Imaruim, vai virar um bar casamenteiro. É que naquele espaço etílico, encontram-se os mais belos homens de Palhoça.

Drops da arquibancada

– Até o fechamento desta edição o departamento técnico da FCF não havia escalado a arbitragem. Fico entre os experientes Héber e Rodrigo. Fora disso, é correr riscos.

– Nesta decisão o Verdão do Oeste é quem vai tomar as decisões em campo. O Alvinegro deve jogar recuado marcando e jogando por uma oportunidade.

– Mais de trinta ônibus já estão confirmados para saírem de Florianópolis com destino a Chapecó. Isso sem contar os carros particulares.

– Marquinhos Santos estreou no campeonato catarinense contra a Chapecoense em 99 e se despediu dezenove anos depois contra a mesma Chape na Ressacada.

– Goleiro Gabriel, do Atlético Tubarão, deverá ficar afastado por 90 dias depois de sofrer uma fratura no rosto no jogo contra o Joinville.

– Com moral elevado no Grêmio, Renato Gaúcho foi consultado por intermediários para assumir o Flamengo no restante da temporada. O Mengão sonha com Renato, e Renato sempre sonhou com o Mengão.

Cartão rosa/vermelho

Cartão rosa para a arbitragem neste Catarinão. Num campeonato com tantas deficiências técnicas por parte de jogadores, ao menos a arbitragem se salvou. Alguns errinhos aqui, outros acolá. Mas, no geral, a meninada do apito soube dar conta do recado. Uma renovação que valeu a pena.

Cartão vermelho para esta contraditória fórmula de disputa de campeonato que resultou na realização de um dos piores dos últimos tempos. Foi um Catarinão onde rodadas anteriores a uma final perdeu totalmente a motivação do torcedor deixando alguns estádios entregues às moscas. A FCF tem a sua parcela de culpa, mas os mais culpados foram os dirigentes, com exceção do presidente do Avaí, que brigou por um campeonato melhor organizado.

Pensamento do Bambi

O Brasil vai devolver os 7 a 1 para a Alemanha do jeito que o brasileiro gosta: parcelado.

 

 

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