Ministro dos Transportes, Renan Filho, aborda déficit de infraestrutura em Santa Catarina

    "Obras precisam ser discutidas com a sociedade", declarou

    Na manhã desta quinta-feira (18/4), o Ministro dos Transportes, Renan Filho, marcou presença em Palhoça para a inauguração de um ponto de parada e descanso de caminhoneiros na BR-101. No entanto, o foco das discussões não recaiu sobre o evento em si, mas sim sobre o déficit de infraestrutura nas rodovias estaduais catarinenses. A visita ocorre por causa de nova crise na passagem do Morro dos Cavalos, por causa de deslizamentos. Para o local voltou a se ventilar a possibilidade de construção de um túnel como solução. “Não quero vir pra cá só para inaugurações, mas também para discutir os problemas pontualmente”, declarou.

    Em suas declarações, o Ministro ressaltou a necessidade de diálogo com a sociedade para definir as prioridades em termos de obras. Ele enfatizou que o volume de trabalho desejado deve ser decidido em conjunto com a população catarinense, destacando que o governo federal não pode tomar essa decisão unilateralmente. Renan Filho também mencionou que o investimento em obras públicas em Santa Catarina enfrenta desafios devido aos altos custos, exemplificando que apenas quatro obras atualmente consomem cerca de R$ 4 bilhões do orçamento. Ressaltou várias vezes que o governo federal atual investe muitas vezes mais nas rodovias federais catarinenses do que o anterior.

    A possibilidade de um túnel no Morro dos Cavalos foi mencionada como uma das opções de investimento, mas que deve ser debatida a partir de uma repactuação de contrato (que deve ocorrer através de nova concessão), o que pode significar renovação com a concessionária atual ou uma nova empresa. O Ministro também abordou a concessão da rodovia com uma tarifa de pedágio inicialmente bem recebida, mas que não gerou recursos suficientes para os investimentos necessários.

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    Ele reconheceu a crise de infraestrutura que Santa Catarina enfrenta nos últimos anos, comprometendo-se a trabalhar pela otimização dos contratos, pois não não dão conta das obras e investimentos necessários, um dos problemas que gerou entraves na construção do contorno viário, que, segundo ele, deve estender ainda mais “para o meio de agosto”. Renan Filho ainda destacou os problemas do contrato atual e a necessidade de transparência em um eventual novo acordo.

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