Morte de ex-professor da UFSC não está relacionada com desavença, aponta investigação

A morte do ex-professor Getúlio Dornelles Larratéa pode não ter sido homicídio. É o que aponta o decurso da investigação da Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pelo caso.

O professor aposentado do departamento de Nutrição da UFSC foi encontrado por vizinhos andando desorientado e cheio de ferimentos pelo corpo em frente à sua casa em 30 de maio. Hospitalizado, acabou entrando em coma e falecendo três dias depois, em 2 de junho.

Getúlio Dornelles Larratéa
Getúlio Dornelles Larratéa era docente do departamento de Nutrição da UFSC – PPGN/Divulgação

Inconformada, a família acionou a Polícia Civil para investigar a origem dos ferimentos no professor, se por agressões ou queda. Por causa da abertura do BO e investigação pela Delegacia de Homicídios, diversos conhecidos do professor especularam que ele foi espancado por supostas denúncias que fazia contra crimes ambientais na região. Alguns veículos de imprensa logo divulgaram que ele foi morto “por espancamento na frente de casa”.

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Conforme do delegado Ênio de Mattos, por ora essas conclusões não procedem: “as investigações prosseguem e apontam para uma queda que causou o politraumatismo”. O investigador também descarta a hipótese de que a morte do professor esteja relacionada à desentendimentos com moradores da região do Pântano do Sul, onde morava – “Não houve desavença alguma ou discussão com pessoas ali próximo”, informou Mattos ao Correio.

Larratéa morava sozinho em uma casa na Estrada Rozalia Paulina Ferreira – que leva da Praia dos Açores à Armação–, tinha 71 anos e estava aposentado desde 1995. Segundo o Programa de Pós-graduação em Nutrição (PPGN/UFSC), “Getúlio lutou ao lado dos docentes pelo fortalecimento e estruturação do Departamento e do Curso de Nutrição. Ele foi um grande estudioso dos alimentos e da Ciência da Nutrição e um precursor de novas metodologias para o ensino da Nutrição”, afirmaram colegas da área em nota publicada em 7/6. “Que o professor Getúlio siga em paz, e que fique a lembrança do seu espírito irreverente, crítico e sorridente”, finaliza a publicação.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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