A Beira-Mar de São José viveu um fim de semana marcado pela energia do rock. Ao longo de dois dias, mais de 30 mil pessoas circularam pelo Mundial do Rock 2025 e, assim, transformaram a orla em um grande palco a céu aberto. Além disso, o evento mostrou que segue firme como um dos encontros culturais mais populares da Grande Florianópolis.
Logo na entrada, um rosto querido se destacou. O pediatra Cecim El Achkar, o Tio Cecim, deixou o jaleco de lado, adotou o visual roqueiro e curtiu o festival com a esposa, os filhos, os netos e as noras. Ele afirmou que, justamente por acompanhar tantas famílias ao longo da vida profissional, é emocionante reencontrar esse público em momentos de lazer. Dessa forma, destacou que São José celebra a cultura com união e leveza.
Entre os visitantes, outra história ganhou simpatia do público. O roqueiro Fernando Barreto Bornhofen brincou sobre o novo papel no festival. No ano passado, foi ele quem levou a filha Laís para conhecer o Mundial. Entretanto, este ano, o cenário mudou. A jovem de 12 anos escolheu as bandas, puxou o pai e fez questão de estar presente. Assim, segundo Fernando, o rock se renova de geração em geração.
Em muitos pontos da orla, cenas parecidas se repetiram. Adriana Areas aproveitou o festival com os filhos Douglas e Amanda. Três perfis diferentes e, ainda assim, unidos pela música. Para ela, o evento se destaca porque promove convivência, reforça laços afetivos e oferece experiências que cada um vive ao seu modo. Portanto, o Mundial do Rock reafirmou sua força como ponto de encontro entre gerações.
Motos criam clima extra de rock
Além das guitarras, outro som marcou presença. O ronco das motos tomou a Beira-Mar com a chegada do grupo Harley e de motocicletas custom. Mais de 100 motos cruzaram a cidade e estacionaram no festival. Enquanto isso, o bonde dos Haleyros Malvadão atraiu olhares curiosos. O conjunto de máquinas alinhadas e acessórios de couro ajudou a compor o clima rock’n’roll.
O festival, contudo, ofereceu muito mais do que música. Para todas as idades, a programação incluiu 20 cervejarias artesanais com mais de 200 rótulos, food trucks, restaurantes, biergarten, área de convivência, feira criativa, espaço kids, área pet, parede de escalada, Medieval Experience e espaço Harley Davidson. Além disso, o Batman circulou pelo evento e virou sensação entre crianças e adultos.
Pedidos de casamento
A emoção também tomou conta do palco. Durante o fim de semana, dois pedidos de casamento surpreenderam o público e arrancaram aplausos. De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Toninho da Silveira, esses momentos mostram como o festival ultrapassa a música e se torna parte da vida das pessoas. Para ele, o rock representa atitude, memória e construção de histórias.
A programação musical manteve o clima de festival do início ao fim. No sábado, a Mega Banda EMRB abriu o evento com mais de 100 músicos. Em seguida, vieram Guns for Destruction, On the System, Phantom Lord, Snakesun e Steel Maiden. Já no domingo, a festa continuou com Cocorocas do Rock + Cherry, o Especial Aerosmith com Fred Lee, o Especial Linkin Park com Ponto Zero, além de Jah Eh, Afterlife Red Hot e Vassalaki, que encerrou o festival.
Enquanto isso, o público circulava entre os espaços, experimentava rótulos, conferia a feira criativa, encarava a escalada e registrava fotos com o Batman ou com as motos Harley. O prefeito Orvino Coelho de Ávila reforçou que o evento movimenta a economia, fortalece o comércio e coloca São José no mapa dos grandes festivais culturais de Santa Catarina.
Com isso, o Mundial do Rock 2025 reforçou sua posição como um dos maiores eventos do gênero no Estado. A movimentação atraiu bares, restaurantes, hotéis e serviços de transporte. O CEO do festival afirmou que o objetivo sempre foi manter o evento democrático, acessível e ao ar livre. Assim, ver a Beira-Mar lotada confirma, segundo ele, que São José abraçou o projeto.
No encerramento, a sensação geral foi de missão cumprida. Entre pais e filhos dividindo o mesmo show, médicos virando rockstars por um dia, pedidos de casamento e o ronco das motos, ficou clara uma certeza. O rock segue vivo em São José. E o Mundial do Rock já tem espaço garantido no coração e no calendário da cidade.











