Parque da Serra do Tabuleiro completa 44 anos com importância crescente

    Após sete incêndios criminosos contra a maior unidade de conservação do estado, parque continua a abrigar milhares de espécies e fornecer água para a Grande Florianópolis

    montanhas com vegetação a perder de vista e céu azul com poucas nuvens
    Serras do Tabuleiro e do Cambirela garantem a preservação de espécies e o fornecimento de água para a região metropolitana de Florianópolis - IMA/Divulgação/CSC

    O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro comemora 44 anos de existência nesta sexta-feira (1/11). Apesar dos recentes incêndios criminosos, o parque tem muito a comemorar e a oferecer e sua importância para o bem estar geral – de seres humanos, animais e plantas – é cada vez maior.

    Com 84.130 hectares, é a maior unidade de conservação de proteção integral de Santa Catarina. Abrange oito municípios, o que representa 1% do território catarinense, e abriga uma imensa e rica biodiversidade, apresentando cinco das seis grandes formações vegetais do bioma Mata Atlântica encontradas no estado.

    Criado em 1975, com base nos estudos dos botânicos Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein, o parque protege a biodiversidade da região e os mananciais hídricos que abastecem as cidades da Grande Florianópolis e do sul do estado. O abastecimento hídrico da região metropolitana de Florianópolis é garantido justamente pela preservação da cadeia de montanhas, que formam os rios de onde é captada a água para mais de 700 mil pessoas.

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    Por suas características, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é um campo de pesquisas incomparável. Localizado próximo a grandes centros urbanos, possui um enorme potencial de lazer, associando o turismo ecológico à educação ambiental.

    Dentro da área do Parque, no município de Palhoça, está a Baixada do Maciambú. Essa planície, que comporta uma das mais expressivas paisagens de restinga do litoral brasileiro, é formada por cordões arenosos na forma de semicírculos, resultantes das oscilações do nível do mar durante milhares de anos. A região e considerada, por isso, importante monumento geológico. Em setembro e início de outubro, foi alvo de sete incêndios criminosos, que destruíram mais de 800 hectares.

    Fim de semana de comemoração

    Para comemorar este precioso patrimônio natural, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), por meio da coordenação do Parque e do Instituto Çarakura, realizam uma extensa programação neste sábado e domingo, 2 e 3 de novembro. A intenção é presentear a população com diversas atrações em meio à natureza.

    As atividades começam às 9h30 de sábado e incluem tai chi chuan, alongamento, pilates, massoterapia, oficina de sementes, oficina de paisagens sonoras, trilhas sensitivas com a equipe da UDESC, performance teatral “O Coração da Mãe”, laboratório Tabuleiro em Cena e Choro das Matas.

    No domingo, a programação também inicia às 9h30 e segue até 15h com yoga, vivência em comunicação não violenta, trilha sensitiva, oficina de monitoramento da restauração e oficina herbário. As atrações encerram com a apresentação das Borboletas Acrobatas. Nos dois dias comemorativos haverá ainda feira comunitária com produtos locais, artesanato, alimentação saudável e produtos orgânicos.

    As atividades são voltadas para toda a família e são gratuitas. Uma excelente oportunidade para presentear a natureza e lembrar da importância da conservação em um dos ambientes mais belos de Santa Catarina.

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