Polícia procura por policial militar que matou professora na Tapera

Professora Alessandra assassinada na Tapera Florianópolis
Professora Alessandra foi morta a tiros pelo ex-companheiro na Tapera, Florianópolis, quando chegava ao trabalho - Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/CSC

As forças de segurança em Florianópolis estão em busca do homem que matou a professora Alessandra Abdalla na manhã dessa quinta-feira (24/11) na Tapera. O homem é um cabo da Polícia Militar de Santa Catarina e era ex-marido da vítima.

O homem a abordou por volta de 7h30 quando ela chegava à creche em trabalhava. Segundo o secretário de Educação da capital, o policial deu um tiro à queima roupa contra a vítima e quando ela já estava caída fez mais disparos e fugiu. A mulher não resistiu e faleceu no local, próximo ao Núcleo de Educação Infantil da Tapera.

Alessandra tinha medida protetiva para tentar evitar novas agressões do ex-companheiro. Ela tinha 45 anos e trabalhava como funcionária pública da prefeitura desde 2014.

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As polícias Militar e Civil e a Guarda Municipal iniciaram a busca pelo suspeito. A PM colocou o helicóptero Águia para tentar localizá-lo e a caçada segue em curso.

Em comunicado, a Polícia Militar afirma que o comando do 4º BPM, onde o cabo trabalha no setor administrativo, não tinha conhecimento de que a mulher já havia pedido uma medida protetiva contra o ex-companheiro. A corporação está em busca de prender o militar, identificado por câmeras de segurança.

“As buscas pelo foragido seguem, com apoio do Batalhão de Operação Especiais (BOPE) para que o mesmo seja preso e levado à Justiça. Esta tragédia e seu desfecho segue como prioridade do 4º BPM. Nossos consternados sentimentos à família da vítima e à sociedade, diante deste episódio de profundo pesar”.

Sindicato relata ameaça

Em nota, o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) emitiu nota na manhã dessa quinta afirmando que “Alessandra foi morta porque o ex-companheiro, um policial militar, não aceitava o término do relacionamento. Ele já havia ameaçado atirar nela anteriormente, e a professora já tinha medida protetiva contra o assassino”. “Trata-se de um crime cruel e estúpido que causa dor em todos nós e reafirma, mais uma vez, o sofrimento enorme gerado pelo machismo estrutural e pela violência contra a mulher”.

Às 18h o assassino ainda não havia sido capturado.

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