Prefeito de Major Vieira e presidente da Fecam, Orildo Severgnini é preso pelo Gaeco

Orildo Severgnini
Orildo Severgnini é prefeito de Major Vieira e atual presidente da Fecam; entidade quer seu afastamento - Divulgação/CSC

O prefeito de Major Vieira, Orildo Antonio Severgnini (MDB), e também presidente da Fecam (Federação Catarinense de Municípios) foi preso na manhã desta quinta-feira (13/8) na Operação Et Pater Filium, conduzida pelo Ministério Público e Polícia Civil de Santa Catarina.

Esta é a segunda etapa da operação, deflagrada 12 dias depois da primeira (31/7), que investiga crimes de organização criminosa voltada para a prática de corrupção, fraude em licitações da prefeitura e lavagem de dinheiro. Na primeira fase foram apreendidos cheques e R$ 321.916,05 em dinheiro na casa do prefeito.

Nessa quinta foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça estadual em razão do foro por prerrogativa de função de Severgnini. As diligências ocorreram nas cidades de Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo, todas no planalto norte catarinense.

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As apurações decorrem da atuação conjunta da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, por intermédio do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com a Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil de Canoinhas. O processo tramita, por ora, em segredo de justiça.

Fecam quer afastamento

Com a (suposta) corrrupção ocorrendo na prefeitura, a Fecam não quer ver a entidade associada ao nove de Severgnini. Após a deflagração da primeira fase da operação, o conselho da Fecam se posicionou pelo afastamento de Orildo Severgnini da instituição. A federação ainda vai se manifestar a respeito da prisão dessa quinta contra seu presidente.

A prefeitura de Major Vieira ainda não se pronunciou sobre o caso.

Atualização: Severgnini pede renúncia da presidência da Fecam

pilhas de dinheiro em notas de 50 e 100 presas com elástico
Cerca de 321 mil reais foram apreendidos na casa de Orildo Severgnini na primeira fase da Operação Et pater filium – Gaeco/Divulgação/CSC

Operação Et pater filium

A expressão em latim – Et pater filium – remete ao fato de estarem associados para o cometimento dos atos de corrupção duas duplas de pai e filho, empresários, de um lado, e funcionários públicos, de outro.

Além dos mandados judiciais dessa quinta, em 31 de julho foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão deferidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em três municípios: Major Vieira e Balneário Piçarras, em Santa Catarina, e União da Vitória, no Paraná.

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