A Prefeitura de Florianópolis concentrou dúzias de inaugurações e assinaturas de ordens de serviços de obras para todos os dias de dezembro. A agenda iniciou já no domingo (1/12), com a inauguração das quadras de esporte na Beira-mar Continental, no Estreito.
Ao total serão 180 inaugurações e início de novas obras neste mês, a maioria revitalização de praças e pavimentações, somando R$ 150 milhões em investimentos. No dia 20, será inaugurada a reforma do Largo da Alfândega. No dia 16, o prefeito assina a ordem de serviço para a revitalização da Av. Ivo Silveira, ao custo de R$ 13 milhões. A avenida foi abandonada em gestão anterior e prefeitura ainda teve que gastar mais R$ 1 milhão para romper o contrato de forma “amigável”, isto é, sem ser processada, porque não pagava a empreiteira contratada em 2013. A reforma deverá instalar, entre outras melhorias, ciclovia em todo o percurso, ligando a Av. Beira-mar de São José com a Ponte Hercílio Luz.
Nesta segunda (2), em seu gabinete, o prefeito Gean Loureiro (DEM), fez a assinatura da ordem de serviço de outras 12 ruas e servidões pela cidade. Também autorizou a implementação de iluminação pública na orla de 21 praias. “A prefeitura vai continuar no mesmo ritmo, com pé no acelerador”, diz o prefeito. Outras assinaturas nessa segunda são para a área da educação, como aquisição de equipamentos e editais de parceria público-privada.
Entrevista: Gean Loureiro
Correio – Quantas praças tem Florianópolis e como é esse trabalho de reformar todas?
Gean Loureiro – Nós estamos trabalhando numa revitalização de 180 praças, que foram feitas no levantamento que tem nessa cidade. Fora isso, nós temos aproximadamente 20 praças que são adotadas pela iniciativa privada, parceria que estamos realizando, e a inauguração de outras 20 novas praças. O importante é que nessas mais de 200 praças que Florianópolis tem, até o primeiro semestre do ano que vem vamos estar com elas todas revitalizadas. E só nesse mês de dezembro vamos entregar 50 praças totalmente revitalizadas. 2019 é o ano com maior investimento da história de Florianópolis em todas as áreas. O município conseguiu buscar seu equilíbrio financeiro, definir prioridades e realizar investimentos que aguardavam há muitos anos.
Correio – Nessa parte financeira, quanto é a verba de devolução da câmara, investimento próprio e parte financiada nesse pacote de obras?
Gean – Primeiro a prefeitura retomou uma série de programas, que por falta das certidões não conseguia atender. O Pró-transporte, do governo federal, o Finisa, programa do Badesc, convênios com recursos do orçamento geral da união, que não conseguiu mais ser repassados, que agora em 2019 nós conseguimos recuperar para poder realizar esse investimento. Fora isso só no ano de 2019 nós tivemos mais de R$ 150 milhões de recursos próprios investidos, fruto de uma economia dentro de todos os contratos, melhoria da arrecadação e diminuição das despesas da prefeitura. Então com esse somatório de forças, o programa Finisa foram dois contratos, um de R$ 40 milhões e outro de R$ 100 milhões, do Badesc é R$ 14 milhões, do Pró-Transporte R$ 40 milhões, as parcerias com a Casan em função da necessidade de se recuperar vias na cidade é mais R$ 40 milhões, e com tudo isso a gente consegue ver essa quantidade de investimentos necessários, que Florianópolis há muito tempo esperava.
Correio – Em outra questão da cidade, qual a previsão de volta da zona azul? Como ficam os créditos das pessoas?
Gean – Na quarta-feira agora nós vamos abrir as propostas do processo licitatório. A gente imagina, se transcorrer tudo normalmente, que até meados de dezembro nós vamos estar homologando o processo. Pode ser a que a secretaria de mobilidade inicie de forma provisória, porque a cidade sofre sem o estacionamento rotativo. Entretanto, diante da necessidade da falta de pagamento da empresa que tinha a concessão, nós fomos obrigados a tomar todas a providências legais, até ter a decisão judicial. Já está previsto no edital que lançamos que todos os créditos da empresa anterior serão honrados pela nova empresa. Óbvio que se precisa ter adaptação dos sistemas para ter validação, só que nós mantivemos os mesmos valores, buscamos a automatização maior, permitindo uma fiscalização mais efetiva. A partir de agora o município recebe os recursos e dali repassa para a empresa.
Política
Correio – Por que o DEM? O que fez o senhor escolher o partido?
Gean – Todo seu estatuto, todos os programas do Democratas estabelecem diretrizes que nós estamos realizando na Prefeitura de Florianópolis. Qual seja: a desburocratização da máquina pública, uma administração por resultados, que é o que a gente vem trabalhando, uma gestão fiscal responsável, o estímulo às participações da iniciativa privada e concessões, como a própria Marina da Beira-mar Norte, então diante de todas as análises identificamos como o melhor caminho. Não foi uma opção política, até porque o DEM já faz parte do meu governo, já estariam me apoiando, foi uma opção pessoal, por identificar que se tem um projeto não só para Florianópolis, mas também para o país.
