Santa Catarina executa a expansão do setor elétrico por meio do Programa Energia Boa, iniciativa criada pelo Governo do Estado para estimular investimentos privados. O programa reúne 21 hidrelétricas em construção. Essas obras, quando concluídas, devem acrescentar 144 MW ao sistema elétrico. Assim, o volume previsto equivale ao consumo de mais de 200 mil unidades consumidoras.
O Governo do Estado informa que o programa busca acelerar análises e liberar projetos com mais rapidez. Por isso, há integração entre órgãos ambientais, técnicos e de fiscalização. Dessa forma, processos que antes avançavam de forma lenta passaram a seguir etapas mais curtas. Além disso, a gestão afirma que a reorganização interna reduziu prazos de forma consistente.
Quatro usinas já estão em operação
As obras se distribuem pelo Planalto Norte, Planalto Serrano, Meio-Oeste e Oeste. Além das construções em andamento, quatro usinas cadastradas no programa começaram a operar em 2025. São elas PCH Rodeio, PCH Boa Vista, CGH Hopen e CGH Treze Tílias. Juntas, elas acrescentaram 18,2 MW ao fornecimento estadual. Consequentemente, o estado passou a contar com maior diversidade de geração.
Energia Boa soma 178 projetos cadastrados
Criado em 2024, o Programa Energia Boa soma 178 projetos cadastrados. Embora a maior parte seja ligada à geração hídrica, também existem propostas solares, eólicas e de biomassa. Ao todo, 70 projetos receberam algum tipo de apoio técnico ou operacional. Com isso, segundo a gestão estadual, o programa orienta empreendedores e facilita trâmites que exigem múltiplas autorizações.
No último leilão de energia nova da Aneel, Santa Catarina representou 40 por cento dos empreendimentos habilitados. Portanto, uma parte relevante da energia negociada no certame será produzida no estado nos próximos anos. Entretanto, o governo afirma que o resultado reflete apenas a adesão de projetos que já estavam estruturados e aptos a participar.
O programa também inclui investimentos públicos. A Celesc prevê aplicar R$ 572 milhões em seis subestações e mais de 200 quilômetros de linhas de transmissão no Planalto Serrano. Dessa forma, a intenção é ampliar a capacidade de conexão e evitar gargalos quando novos empreendimentos forem ligados à rede. Além disso, o investimento busca dar suporte ao crescimento da geração distribuída.
Investimentos em subestações e linhas de transmissão
As estimativas oficiais apontam que a ampliação da infraestrutura pode viabilizar até R$ 3 bilhões em investimentos privados. Consequentemente, a previsão é de geração de cerca de 19 mil empregos. Entre os projetos contemplados está a PCH Campo Belo, em Campo Belo do Sul. O empreendimento recebe mais de R$ 100 milhões e deve operar com 12 MW de potência instalada. Porém, a entrada em operação depende da conclusão das etapas previstas no cronograma.
