Projeto de ampliação da SC-401 apresenta faixas adicionais, marginais e ciclovias

Reunião no MPSC busca criar grupo para articular melhorias na rodovia estadual mais movimentada de SC

Projeto de ampliação da SC-401 foi apresentado pela Secretaria de Infraestrutura
Prévia de projeto de ampliação da SC-401 foi apresentado pela Secretaria de Infraestrutura - Foto: Lucas Cervenka/CSC

O Ministério Público de SC chamou uma reunião nesta quarta-feira (31/1) na tentativa de criar um grupo com diversas autoridades para dar uma solução à SC-401, a rodovia mais movimentada do estado, que conecta o Centro ao norte da ilha de Florianópolis. No encontro, na sede do órgão, foi apresentado um projeto ainda em elaboração para a “duplicação” da rodovia, com criação de terceiras faixas, marginais e rodovias.

Projeto de ampliação

A reunião, encabeçada pela 30ª promotoria de justiça da capital, busca acelerar a implementação de obras ou projetos que façam o trânsito fluir melhor na rodovia. Uma das ideias do governo do estado, responsável pela SC-401, é a ampliação de uma pista de cada lado e construção de marginais em até 6 km da via.

O representante da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Ricardo Grando, apresentou o que pode ser um projeto de ampliação da SC-401, com adição da terceira faixa nos dois sentidos da rodovia entre os bairros João Paulo e Santo Antônio de Lisboa. A ideia é também construir marginais nos dois lados a partir do acesso para Cacupé até próximo da subida do cemitério, com ciclovias e calçadas, em uma extensão de 1,9 km. Haverá novas intersecções, como rotatórias e retornos sobre a rodovia, e instalação de mais três passarelas de pedestres.

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O projeto, como está, mostra que a ampliação da rodovia irá tomar grandes áreas adjacentes. Na curva em cima do morro entre o João Paulo e a descida do cemitério, um dos pontos mais críticos, será necessário cortar grande parte das rochas nas laterais. A marginal sentido Centro também deverá chegar até um ponto próximo à loja maçônica, ao lado do mangue.

Segundo representantes técnicos da SIE, que tiveram receio em mostrar o andamento, cerca de 45% desse projeto está formulado. A intenção é concluí-lo em julho, após discussões com a Secretaria de Infraestrutura de Florianópolis. O custo ainda é incerto, devido ao projeto não estar pronto, mas pode ser em torno de R$ 70 milhões.

A pasta municipal de Planejamento e Inteligência Urbana também reiterou a intenção de criar mais centralidades nos bairros de Florianópolis de modo a desenvolver uma cidade mais “compacta”, com serviços completos nos locais de moradia e, assim, menor necessidade de deslocamentos na SC-401.

Números da SC-401

Dados apresentados pela PMRv mostram que a SC-401 tem circulação média de 60,5 mil veículos por dia. Já na última semana de 2023, o fluxo registrado em frente ao posto da polícia passou de 1 milhão. Nesses dias foram registrados enormes engarrafamentos. Mas o cenário de saturação é constante, mesmo sem a presença do grande volume de turistas. Pequenas ocorrências acabam impactando enormemente o trânsito ao longo do ano. No ano passado foram 357 colisões, com 5 pessoas mortas (3 motociclistas e 2 pedestres). Mesmo para a polícia chegar ao local da ocorrência algumas vezes é também difícil, conforme relato do tenente-coronel Maurício Veríssimo.

Transporte coletivo é dúvida

O transporte coletivo também foi bastante lembrado na reunião por representantes da Fiesc, Alesc e CDL, mas sem um projeto concreto de mudanças. Foram lembrados o Plamus, possibilidade de instalação de faixa exclusiva e necessidade geral de melhorar o sistema de ônibus. Para alguns representantes das entidades presentes, não é viável discutir a ampliação da SC-401 sem um projeto para tornar o transporte coletivo mais atrativo.

Grupo de whatsapp

Como encaminhamento, o promotor Daniel Paladino, da 30ª PJ, sugeriu a criação de um grupo de Whatsapp com diversas entidades para acompanhar as ações sobre a SC-401. “A previsão é montar uma comissão para que a gente possa, além de cobrar, poder discutir a melhoria da rodovia. Seria uma comissão formada por representantes do Ministério Público, como uma referência dentro do estado e do município; podemos criar até um grupo do WhatsApp para poder tratar dessas questões de uma forma permanente, para trocar ideias e sugestões”.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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