Proposta de revisão de salários da educação estadual desagrada servidores

Servidores da educação estadual consideram que a proposta apresentada pelo Governo do Estado na Alesc para reajuste da tabela do magistério não contempla as reivindicações da educação e não promove a descompactação da tabela salarial.

professora em sala de aula com alunos afastados e todos de máscara - descompactaçaõ da tabela do magistério em pauta em santa catarina
Parte dos profissionais de educação do estado afirma que proposta do governo não descompacta a tabela de fato – Ricardo Wolffenbüttel/Secom SC/Divulgação/CSC

Após assembleia nesta quarta-feira (20/10) promovida pelo Sinte (Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Santa Catarina), a categoria decidiu iniciar campanha de cobrança do governo e dos deputados estaduais para mudança da proposta, com foco na descompactação da tabela salarial. Aliada à essa pauta, os servidores também se posicionam contra a municipalização de escolas estaduais.

Do outro lado, segundo o governo, a proposta garante um reajuste mínimo de 10% da tabela e os maiores reajustes serão concedidos aos profissionais com mestrado e doutorado, que terão incrementos de 28,8% a 56,4%, mudança que se aplica também aos servidores inativos. Com isso, o salário final da carreira de um professor doutor passaria dos atuais R$ 7.084 para R$ 11.086 a partir de janeiro de 2022, após a aprovação da proposta. Nos cálculos da pasta da Educação estadual, o reajuste beneficia 77,6 mil serdores, entre ativos, inativos e temporários.

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Na ocasião da entrega da proposta à Alesc, nesta terça-feira (19), o secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro, disse que a proposta valoriza quem está há mais tempo na profissão. “Antigamente só se fazia a remuneração salarial por meio de um aumento linear e não se dava as condições para que os professores pudessem se aperfeiçoar. Só se falava em salário e não em ganho de conteúdo com qualificação e aperfeiçoamento”. No dia do professor, na sexta passada, o governo anunciou que pagará bolsas de pós-graduação e incentivo para capacitação dos educadores.

A intenção dos deputados da Alesc é votar a proposta até o final de novembro.

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