Protocolo de retorno às aulas em Florianópolis prevê turmas com até 30% dos estudantes

Volta do ensino presencial pode ser liberada quando a região passar à fase amarela; veja cronograma estimado

Por Ana Ritti

O Comitê Estratégico de Retorno às Aulas Presenciais, formado por 15 entidades do estado, aprovou nessa terça-feira (13/10) o protocolo com regras para a volta nas escolas de Florianópolis. As mudanças abrangem o ensino fundamental, educação básica e EJA, de responsabilidade do município, e ainda sugerem avaliações diagnósticas e acompanhamento de atividades.

O retorno presencial das aulas está liberado a partir desta terça quando a região do estado estiver nas faixas azul ou amarela (moderado ou alto) de risco potencial da Covid-19. Atualmente, a região metropolitana de Florianópolis está na fase laranja, em estado grave.

Cronograma para o retorno

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No protocolo de Florianópolis, o ensino fundamental deve priorizar o atendimento presencial dos estudantes do 9º ano nas duas semanas iniciais. Na terceira, organizar o horário dos alunos do 6º, 7º e 8º ano e a partir da quarta receber os alunos dos anos iniciais, respeitando o sistema de rodízio semanal com máximo de 30% de cada turma por semana. Para os primeiros anos, o protocolo propõe uma avaliação focada na alfabetização e matemática e entender as dificuldades para diminuir prejuízos no processo de aprendizagem.

Para a volta das aulas presenciais da educação de jovens e adultos em Florianópolis, sugere-se a avaliação diagnóstica e o retorno gradativo por faixa etária, em que idosos e grupos de risco são os últimos a retornar, também respeitando o rodízio de 30% em cada turma. Na educação infantil, o protocolo sugere a volta em forma escalonada, com a volta inicial da pré escola (crianças de 4 a 6 anos) e depois da creche (de 0 a 3 anos), além de priorizar famílias em vulnerabilidade social. 

As unidades educativas de Florianópolis têm autonomia para decidir o retorno às aulas presenciais quando autorizado pelas autoridades de saúde. A decisão será realizada em consulta aberta com pais, responsáveis, alunos, professores e trabalhadores, sem necessidade que se chegue a uma única conclusão. As famílias podem optar pela adesão ou não dos atendimentos presenciais, tendo como opção as atividades remotas. A equipe diretiva deve definir com professores e trabalhadores os que desejam aderir ao retorno presencial e os que permanecem no trabalho remoto.

Protocolo de retorno às aulas em Florianópolis

Ensino fundamental

-Priorizar o atendimento presencial dos estudantes do 9º ano nas duas semanas iniciais.
-Na terceira semana organizar o horário de aulas para os estudantes do 6º, 7º e 8º anos.
-Na quarta semana os estudantes dos Anos Iniciais. Respeitando, sempre, o sistema de rodízio semanal (no máximo 30% de cada turma por semana/ por sala, respeitando o distanciamento social mínimo de 1,5 m (um metro e meio) entre os estudantes.

Primeiros anos

-Para os primeiros anos prever um processo de adaptação em relação ao processo de alfabetização.
– Entender se existem dificuldades que persistem para que não avancem nos estudos com dificuldades e minimizem prejuízos relacionados ao processo de aprendizagem.
-A avaliação diagnóstica dos primeiros anos deve focar na alfabetização (leitura e escrita) e na matemática.

EJA

-Organizar o horário de atendimento aos estudantes da EJA, com retorno gradativo por faixa etária, de modo que os idosos e pessoas do grupo de risco estejam no último grupo a retornar.
-Respeitar, sempre, o sistema de rodízio semanal (no máximo 30% de cada turma por semana respeitando o distanciamento social mínimo de 1,5 m (um metro e meio) entre os estudantes.

Educação infantil

-Na educação infantil sugere-se a volta às atividades de forma escalonada, com início pelas crianças de pré-escola (4, 5 e 6 anos).
-Só depois às de creche (0 a 3 anos).
-Priorizar as famílias em vulnerabilidade social.

Na educação infantil, previsão é retorno primeiro para as crianças de 4 a 6 anos – Gabriel Valentim/PMF/Divulgação/CSC
Cada escola define se volta, quando permitido

Segundo o protocolo encaminhado na capital, as unidades educativas terão autonomia para decidirem o retorno às aulas presenciais quando autorizado pelas autoridades de saúde – ou seja, quando a classificação de risco for ao menos amarela. A decisão deve ser compartilhada em consulta aberta a todos os segmentos da instituição (pais/responsáveis, alunos/educandos, professores, trabalhadores). Não existe a necessidade de a instituição chegar a uma única conclusão (ex: a maioria de votos decide).

A prefeitura diz que a vontade das famílias deverá ser respeitada. Dessa forma, as famílias que optarem pela não adesão as aulas/atendimentos presenciais deverão continuar a realizar as atividades escolares de forma remota sem prejuízo a frequência ou rendimento. A equipe diretiva deverá definir junto dos professores e trabalhadores os que desejam aderir ao retorno presencial, os que estão em grupo de risco e os que permanecerão em trabalho remoto por meio da aplicação de questionários de identificação.

Ainda deverá ser feita uma avaliação diagnóstica, para acompanhamento dos estudantes. Essa não deverá servir como instrumento gerador de nota, e sim com a finalidade de identificar e observar as aprendizagens e entendimentos de conteúdos durante o período de isolamento.

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