Recém-criado, núcleo da Polícia Penal de SC registra 80 recapturas em 120 dias

    Foto: SECOM/Divulgação

    O Núcleo de Busca e Recaptura da Polícia Penal de Santa Catarina (Recap) atua como uma das forças mais eficientes no combate à evasão penal. Ele recaptura presos foragidos e cumpre mandados judiciais usando técnica, inteligência e ação coordenada.

    O núcleo existe há 8 meses. Entretanto, a atual gestão da Polícia Penal reestruturou o setor, dando-lhe mais corpo e efetividade. Além disso, a Sejuri definiu diretrizes claras pela Portaria nº 683/2025. Nos últimos 120 dias, o Recap prendeu 80 foragidos, incluindo alvos de alta periculosidade. Desde outubro de 2024, o núcleo recapturou 150 pessoas.

    Esses números impressionam, mas não surpreendem. Isso porque a equipe trabalha com disciplina, alto treinamento e operações precisas. “Santa Catarina é o estado mais seguro do país. Isso acontece graças ao empenho em várias frentes. Além das Forças de Segurança, a Polícia Penal garante o cumprimento das penas”, destacou o governador Jorginho Mello.

    Equipe técnica preparada
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    Para a secretária Danielle Amorim Silva, o Recap eleva o padrão da Polícia Penal. “O núcleo mostra o resultado do investimento em inteligência, capacitação e gestão estratégica. Em poucos meses, virou uma força de pronta resposta essencial para a segurança pública catarinense”, afirmou.

    O Recap surgiu para atender às novas atribuições da Polícia Penal, após a Emenda Constitucional que a transformou em força de segurança pública. Por isso, a corporação criou uma estrutura especializada para enfrentar com eficiência as demandas da execução penal, cumprir ordens judiciais e conter evasões.

    A equipe inclui policiais penais selecionados por critérios técnicos e de conduta. Eles passam por formação rigorosa na ACAPS e treinamentos contínuos em progressão tática, abordagens e técnicas de recaptura. O grupo domina o uso de pistola 9mm, espingarda calibre 12, carabina .40 e fuzil 5.56. Além disso, a idoneidade moral, o sigilo e o domínio técnico são requisitos básicos para integrar o núcleo.

    O coordenador Rafael Zaba explica que a rotina exige alta preparação. “Nossos policiais trabalham em plantão e atuam em todo o estado. Cada operação recebe suporte do setor de inteligência da Polícia Penal, que levanta detalhes sobre os alvos. Isso garante mais efetividade e segurança”, disse ele.

    Foto: Jaqueline Noceti/Sejuri/Divulgação
    Inteligência e planejamento das operações

    Além disso, a equipe planeja cada missão com informações da Diretoria de Inteligência e Informação (DINF), da Unidade de Monitoramento Eletrônico (UME) e cooperação com outras forças de segurança. O Recap cumpre mandados, localiza monitorados que descumprem medidas judiciais e recaptura foragidos. Também participa de operações conjuntas com Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público e outros órgãos. Em eventos como Oktoberfest e Carnaval, o núcleo usa reconhecimento facial para identificar suspeitos na multidão.

    A coordenação especializada mantém o núcleo ativo 24 horas por dia, com escalas e protocolos padronizados. Além disso, o núcleo registra todas as missões em relatórios detalhados. Isso fortalece a transparência, a prestação de contas e a evolução institucional.

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