Risco à Covid: Matriz igual não reflete cenário mais vulnerável em Santa Catarina

    matriz de risco à covid em sc mostra todas as reigões do estado em vermelho
    Matriz foi atualizada, com mesma "cara", mas no fundo há uma piora nos índices que medem a pandemia em Santa Catarina - SES/Divulgação/CSC

    A nova matriz de risco ao coronavírus em Santa Catarina, atualizada nesse sábado (6/3) pelo governo, mostra pela segunda semana seguida o estado completamente vulnerável. Todas as 16 regiões de saúde estão classificadas como risco gravíssimo (faixa vermelha).

    Seis receberam nota máxima em todos os quesitos analisados: Xanxerê, Extremo Oeste, Médio Vale do Rio Itajaí, Meio Oeste, Foz do Rio Itajaí e Alto Uruguai Catarinense. O único destaque positivo é que na região de Chapecó caiu um pouco o índice de transmissibilidade do vírus.

    O que a matriz não deixa evidente é que o cenário é pior do que na semana passada, quando igualmente todas as regiões estavam na faixa vermelha. Durante esse dias os índices que envolvem a pandemia só pioraram: o estado bateu recordes de casos ativos, quantidade de pessoas morrendo por dia de Covid e pacientes à espera de leitos de UTI nos hospitais.

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    Na manhã desse sábado o governo estadual reiniciou a transferência de pacientes para o Espírito Santo. Foram três transferidos até o momento, enquanto há 291 pessoas aguardando em enfermarias e corredores por uma unidade de terapia intensiva para se salvar da Covid ou algum outro problema de saúde.

    Estado diz que trabalha para aumentar leitos de UTI, porém não tem adotado medidas mais eficientes para conter a onda de casos que colapsou o sistema de saúde público em Santa Catarina. Nesse final de semana e no último, há as regras de fechamento de atividades não essenciais. O governador, Carlos Moisés, espera pra ver se esses quatro dias de restrições vão fazer algum efeito.

    Nessa sexta-feira (5/3), Santa Catarina atingiu números alarmantes: mais de 700 mil casos confirmados, recordes de mortes em um boletim (107) e de casos de pessoas ativas para o coronavírus (mais de 38 mil).

    Por Lucas Cervenka – reportagem@correios.com.br

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