O Governo de Santa Catarina implantou o Programa de Transfusão Pré-Hospitalar de Sangue Total em Chapecó, no Oeste do estado. A iniciativa permite a transfusão ainda no local da ocorrência ou durante o transporte aéreo. O foco está em casos de sangramento grave e risco imediato de morte.
Com isso, as equipes ganham tempo no atendimento. Além disso, o protocolo busca reduzir o risco de choque hemorrágico. Como consequência, o Estado espera ampliar as chances de sobrevivência de pacientes em estado crítico.
A Secretaria de Estado da Saúde anunciou a expansão na última sexta-feira, dia 12. A pasta coordena a operação por meio do serviço aeromédico do Samu. Além disso, atua em parceria com o Hemosc e com o Serviço Aeropolicial da Polícia Civil, o SAER/Fron.
Antes da chegada ao hospital, as equipes já podem iniciar a transfusão. Dessa forma, o atendimento deixa de depender exclusivamente de unidades hospitalares com agência transfusional. Assim, o cuidado começa mais cedo, ainda no deslocamento aéreo.
O programa já funciona em Florianópolis e Blumenau. Nessas cidades, o serviço aeromédico presta atendimento pré-hospitalar avançado. Além disso, leva estrutura semelhante à de uma UTI. As equipes atuam em diferentes cenários de acidentes e emergências.
Programa Pioneiro
Desde o início do projeto em Santa Catarina, o Estado realizou 84 transfusões de sangue total. Desse total, 67% atenderam pacientes do sexo masculino. A maioria dos casos envolveu traumas. Em especial, acidentes de trânsito.
Santa Catarina adotou o modelo de forma pioneira no Brasil. Para isso, o Hemosc atende a requisitos técnicos e sanitários internacionais. Além disso, o Serviço Aeromédico catarinense recebeu autorização da Vigilância Sanitária para atuar como agência transfusional. Trata-se da primeira unidade aérea pública do país com esse credenciamento.
Para garantir a operação, o Hemosc fornece duas bolsas de sangue total do tipo O positivo, conforme a disponibilidade do estoque. As bolsas ficam armazenadas no hangar da Polícia Civil. Durante o atendimento, seguem em caixas térmicas específicas. Assim, o sangue mantém a conservação adequada por até 48 horas. Na base, o material pode permanecer armazenado por até 15 dias.
Expansão para outras regiões
Segundo dados do Governo do Estado, o Programa Sangue Total apresenta resultados considerados positivos. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou tratativas para expandir a iniciativa. A previsão inclui unidades aéreas da Serra e do Extremo Sul no primeiro trimestre de 2026. Além disso, o Estado planeja levar o sangue total às Unidades de Suporte Avançado do Samu. Dessa forma, o atendimento deve alcançar mais pacientes em todas as regiões de Santa Catarina.











