Setor de alimentos faz indústria catarinense ter maior saldo de empregos no país

    Indústria é a principal responsável pela geração de empregos em SC no ano passado

    Em 2020, a indústria de Santa Catarina liderou a geração de empregos no país, com saldo positivo de 27,5 mil vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O estado foi também o que teve melhor saldo geral de empregos formais no ano passado.

    Entre os setores que se destacaram na abertura de vagas estão alimentos e bebidas (10.943 vagas), produtos químicos e plásticos (5.094 vagas), madeira e móveis (5.026 vagas), máquinas e equipamentos (3 mil vagas), equipamentos elétricos (2.053 vagas), metalmecânica e metalurgia (2.049 vagas), cerâmica (1.299 vagas) e automotiva (878 vagas).

    tonéis de bebidas - Setor industrial de SC tem bom saldo de empregos
    Setor industrial de alimentos e bebidas em Santa Catarina foi o que teve melhor saldo – Pixabay/Divulgação/CSC

    No mês de dezembro de 2020 a indústria catarinense fechou com o saldo de -13.661 empregos, sendo -10.658 da indústria de transformação. Esse movimento é comum para o mês em função do encerramento de contratos.

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    Santa Catarina encerrou o ano de 2020 com o saldo positivo de 53.050 novos empregos, sendo 27.503 apenas da indústria (25.192 indústria de transformação), principal setor responsável pela criação de empregos no estado, seguido do setor de serviços (17.776), comércio (7.141) e agropecuária (630). Isso coloca o estado em primeira posição no saldo de empregos total, da indústria geral e indústria de transformação no Brasil.

    Projeções

    O consultor econômico da Fiesc, Pablo Bittencourt, apresentou na sexta-feira (29) um panorama das perspectivas da economia brasileira para o ano e destacou que o PIB deve crescer no terceiro e no quarto trimestre. Mas o desempenho econômico será mais positivo quanto melhor for a eficácia do plano de vacinação. Ele observou ainda que a segunda onda do coronavírus adicionou um forte componente de incerteza à economia mundial e chamou a atenção para o crescimento da dívida pública brasileira, que é a segunda maior entre os países emergentes.

    “O Brasil tem uma enorme dívida bruta e isso vai impactar na nossa capacidade de financiamento para o futuro. Temos uma dívida alta, com um déficit primário corrente projetado, pelo menos, para mais cinco anos. É uma situação ruim”, explicou Pablo, ressaltando que diante desse cenário, a taxa de juros deve aumentar nos próximos meses.

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