TJ declara greve da Comcap ilegal; câmara articula CPI do Lixo

O desembargador Sérgio Roberto Baasch Luz, em decisão publicada nesta quarta-feira (22/9), determinou que greve dos trabalhadores da Comcap é ilegal, iniciada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) na terça (21).

funcionários da comcap sentados em cadeiras em pátio com os braços para cima em votação - TJ declara greve da Comcap ilegal; câmara articula CPI do Lixo
Funcionários da Comcap continuam movimento de greve contra a terceirização da coleta de lixo em Florianópolis – Sintrasem/Divulgação/CSC

Assim, foi concedida a antecipação dos efeitos da tutela pedida pela Prefeitura de Florianópolis para determinar o restabelecimento dos serviços públicos atingidos pela paralisação, além de que a entidade sindical e seus integrantes se abstenham, por qualquer forma, de “tumultuar o regular desenvolvimento do serviço público municipal e de constranger servidores ou empregados que não aderiram à greve”.

Segundo a decisão de Luz, os manifestantes devem ficar a uma distância mínima de 200 metros dos imóveis públicos para qualquer de protesto, isso depois de um primeiro dia de violência na frente das instalações da Comcap no Itacorubi. A decisão também autoriza o desconto nos salários de quem aderir à greve e impõe multa diária no valor de R$ 100 mil para o caso de descumprimento da determinação.

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Já a Prefeitura de Florianópolis afirmou que iniciou processo de abandono de emprego dos funcionários que aderiram ao movimento grevista e que quem retornar ao trabalho não terá o salário descontado. O Sintrasem afirma que a prefeitura tenta intimidar os grevistas e que mantém a mobilização. Nesta quinta (23), às 7h, haverá nova assembleia da categoria.

Possível CPI na Câmara de Florianópolis

Vereadores da Câmara de Florianópolis iniciaram buscas por assinaturas para abrir uma CPI do Lixo, para investigar supostas irregularidades da empresa Amazon Fort, seus sócios e o processo de terceirização da coleta de lixo de Florianópolis, autorizado pela base governista em janeiro. Os grevistas fizeram um ato em frente à câmara para pressionar pela abertura da comissão parlamentar de inquérito, afirmando que há vereadores “arrependidos” de autorizar a terceirização na capital.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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