Trabalhadores da Comcap cobram cumprimento de acordo com o prefeito; prefeitura diz que reajuste exigido é ilegal

Segundo o sindicato, Gean Loureiro assinou em 2019 um acordo para reajuste salarial. A prefeitura diz que o reajuste é proibido durante a pandemia.

Em assembleia na segunda-feira (30/11), os funcionários da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) deliberaram por greve por tempo indeterminado. Eles cobram o cumprimento de um acordo coletivo assinado no ano passado pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, que prevê o reajuste salarial de 4,7%, por conta das perdas com a inflação, e R$2,50 no ticket alimentação.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), o reajuste está previsto na lei orçamentária anual e em outubro, antes das eleições, o prefeito garantiu o pagamento. Em resposta ao Correio, o sindicato diz estar aberto para negociar e avaliar as propostas da prefeitura.

Em nota, a prefeitura afirma que a greve é ilegal e imoral, além de apontar que o reajuste para servidores públicos está proibido até 2021 por lei complementar federal, devido a pandemia. Também em nota, o sindicato alega que a lei federal impede somente os valores acordados durante a pandemia e não reajustes já celebrados anteriormente.

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Nessa terça houve uma primeira negociação entre líderes sindicais e o gabinete do prefeito, porém sem acordo. Ainda na segunda-feira à noite, no mesmo dia em que a paralisação foi deflagrada, o prefeito contratou emergencialmente uma empresa privada para fazer a coleta de lixo em Florianópolis.

Adiada contratação de temporários

A prefeitura também anunciou na tarde desta terça que, em razão da greve, a Comcap revogou a primeira convocação para contratação das 145 vagas temporárias para gari de coleta, gari de limpeza e motorista, publicada em 27 de novembro. Os aprovados devem aguardar nova data a ser anunciada no site da Fepese.

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