Usina elétrica do Sertão do Maruim, segunda de SC, será restaurada pela Celesc

Serão investidos R$ 7 milhões para a usina, tombada municipalmente em São José, voltar a funcionar

usina vista de cima, com canos indo à casa de força e riacho ao lado
Usina é a segunda de Santa Catarina, construída em 1910 e que operou até 1972 - Divulgação/CSC

A usina elétrica do Sertão do Maruim, em São José, está no início de processo de restauro para voltar a funcionar. No momento, a Celesc está tramitando junto ao IMA o pedido de licença ambiental de instalação. Depois da emissão, o projeto passará para análise da companhia e posterior implantação. O investimento previsto é de R$ 7 milhões e a obra tem estimativa de durabilidade de 14 meses.

Ela é a segunda usina elétrica de Santa Catarina, construída em 1910 no vale do Rio Imaruí. A primeira, de acordo com os arquivos da Celesc, é a Usina do Piraí, em Joinville. Algumas fontes referenciam como sendo a segunda ou terceira do tipo no Brasil.

A concepção da Usina de Maruim foi no governo de Gustavo Richard (1906 a 1910), que queria um projeto de iluminação pública e residencial para a capital. Por volta de 1950, com a construção da usina termelétrica Jorge Lacerda, no Sul do estado, diminuiu a importância da Usina do Maruim, que foi desativada em 1972.

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Durante o período de funcionamento, a estrutura fornecia energia elétrica para os municípios de São José e Biguaçu, mas principalmente Florianópolis, através de três turbinas na casa de força alimentadas pela água represada a 500 metros e trazida pelas adutoras. A implementação da usina foi o que motivou até mesmo uma vida mais noturna nas cidades da Grande Florianópolis, uma vez que a se facilitou a iluminação das ruas, antes com lampiões de óleo de baleia.

Em 2005 houve o tombamento pelo patrimônio histórico de São José por meio do decreto municipal nº 17.707. Outros projetos de restauração para o local já entraram em pautas de diferentes órgãos ao longo dos anos, como o Iphan e a Alesc, para fazer do local um museu ou centro de visitação e ecoturismo, porém não vingaram.

A Celesc está com projeto em andamento para a reativação da central geradora hidrelétrica que contempla a instalação de nova unidade geradora nesta casa de força já existente, a qual deverá ser adequada com a barragem, tomada d’água e canal adutor.

De acordo com o projeto, a nova estrutura poderá atender até 1,5 mil unidades consumidoras com potência nominal de 1 MW, e, por enquanto, não haverá a instalação de centro de visitantes no prédio, mas haverá um espaço reservado para eventos específicos.

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