Vereador afirma que há cobranças indevidas nos cemitérios municipais de Florianópolis

O superintendente de serviços públicos da Prefeitura de Florianópolis, Márcio Luiz Alves, esteve na Câmara nesta terça-feira (5) em uma sessão extraordinária para esclarecer sobre a dinâmica de funcionamento dos 13 cemintérios municipais da capital.

Para o presidente da Câmara, vereador Roberto Katumi Oda (PSD), a presença do superintendente traz luz à real situação dos cemitérios, “situação essa que muitos vereadores desconhecem”, por isso a importância da visita.

O vereador Bericó (PSL) destacou a cobrança e a venda indevida de taxas e materiais para o sepultamento. “Tem agentes civis vendendo [carneiras] dentro dos cemitérios municipais para pessoas que não têm dinheiro nem para pagar o caixão, e, muitas vezes, com areia e cimento advindos da intendência”, disse. Em resposta, o superintendente afirmou que a única taxa cobrada para o sepultamento é de R$ 45,50. Ao mesmo tempo também disse que a prefeitura “está realizando fiscalizações para que as pessoas que precisam desse serviço não sejam lesadas”.

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Com a falta de vagas, o vereador Marcelinho da Intendência (REP) sugere a criação de um cemitério verticalizado. “Não tem mais que comprar terreno, tem de verticalizar; comprar uma área, fazer um prédio e verticalizar, até por questões ambientais”, afirma. Para isso Luiz Alves destaca que já há três empresas interessadas em fazer um estudo de qual é a melhor forma para fazer sepultamento em Florianópolis, “com as áreas que já temos, o que precisamos expandir, o que precisamos inovar e o que precisamos melhorar para dar mais dignidade a quem precisa desse serviço”.

A criação de um crematório também foi um ponto levantado durante a sessão pelo vereador Adrianinho Flor (REP), situação que já está sendo pensada, segundo o superintendente de serviços públicos da prefeitura. “A ideia de ter um crematório está no nosso projeto. Nós pedimos às empresas que possam ter um crematório municipal, e a gente sabe que tem um local no Itacorubi que seria permitido. Nós temos as questões ambientais, mas a ideia é fazer o que for necessário para termos todas as possibilidades”, esclarece, mas destaca que ainda assim existirão os cemitérios. “Nós nunca vamos poder nos desfazer dos cemitérios, é uma questão cultural e também religiosa da comunidade”, pontua.

[Conteúdo da CMF]

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