Feira orgânica de São José fortalece agricultura familiar e amplia acesso a alimentos saudáveis

Evento semanal reúne produtores locais e consumidores na Beira-Mar com variedade de produtos livres de agrotóxicos e preços acessíveis

Casal de agricultores usando camisetas vermelhas atende clientes atrás do balcão da feira orgânica em São José. Na frente, há uma variedade de produtos frescos e naturais, como alface, repolho roxo, repolho verde, cenoura, batata-doce, rabanete e banana, destacando a diversidade da agricultura familiar local.
Foto: PMSJ/Divulgação

Encontrar alimentos frescos, saborosos e livres de agrotóxicos ficou mais fácil em São José. Há mais de dez anos, as feiras orgânicas do município se firmaram como ponto de encontro entre produtores locais e consumidores que priorizam saúde e qualidade de vida.

Atualmente, o evento acontece todos os sábados, das 6h30 às 11h30, na Beira-Mar de São José, em frente ao Procon. No local, moradores encontram uma variedade de hortifrutigranjeiros colhidos na véspera. Além disso, o público tem acesso a produtos coloniais como pães caseiros, bolos, geleias, cosméticos naturais e opções sem glúten, sem lactose, veganas e vegetarianas.

Agricultura familiar e sustentabilidade

Segundo o engenheiro agrônomo Thiago Rios Pauli, que participa da feira orgânica ao lado da esposa Luana Isaura, o espaço representa muito mais do que uma simples venda. “Essa feira une nosso propósito de vida com o empreendedorismo. É uma oportunidade de oferecer alimentos saudáveis e, ao mesmo tempo, garantir renda de forma sustentável”, explica.

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Além dos benefícios à saúde, Thiago destaca o impacto ambiental positivo. “O orgânico é mais nutritivo, mais saboroso e não agride a natureza”, completa.

Por outro lado, para Luana, a feira é também um símbolo de dignidade. “Toda a renda da minha família vem da agricultura familiar. A feira orgânica nos dá visibilidade e permite que os consumidores conheçam de perto o valor dos nossos produtos”, afirma.

Outro diferencial é a relação de confiança entre feirantes e consumidores. A enfermeira Cecília Hobold, frequentadora assídua, destaca o vínculo criado ao longo dos anos. “Raramente compro orgânicos em supermercados. Na feira, além de ser mais barato, já virou parte da minha rotina e uma forma de manter laços. Acompanhei o casal crescer, inclusive a chegada do bebê. É um espaço de convivência e afeto”, conta.

Além disso, outros produtores reforçam a importância social e econômica da feira. O casal Jonathan Kuhl e Cristina Lembeck ressalta que o evento vai muito além da comercialização. “É uma chance de levar saúde e sustentabilidade às famílias. E, ao mesmo tempo, viver com dignidade do nosso trabalho”, destaca Cristina.

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