Arteris aguarda aditivo de R$ 1 bilhão para construir túneis no contorno viário da Grande Florianópolis

    Verba é para construir três dos quatro túneis necessários no trecho sul, em Palhoça, o que deve atrasar a obra

    A Arteris Autopista Litoral Sul informou que aguarda a aprovação pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de um aditivo ao contrato de concessão, da ordem de R$ 1 bilhão, para iniciar a construção dos três túneis previstos no trecho sul da obra do contorno viário da Grande Florianópolis.

    A informação foi dada pelo superintendente de investimentos do contorno, Marcelo Módolo, em reunião virtual da Fiesc, realizada nesta quarta-feira (15/7).

    “Esse aditivo está em fase final de elaboração. Tínhamos a expectativa de em 20 de junho ter esse processo finalizado, mas, por conta da pandemia, os processos, de forma geral, foram impactados. Estamos otimistas que está bem próximo da finalização para que, de posse do termo aditivo, possamos iniciar as obras”, explicou Módolo.

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    O representante da concessionária informou ainda que o processo de contratação, pela Arteris, de uma empresa para executar as obras do trecho sul, no município de Palhoça, estão em fase final. Além dos três túneis, há um quarto túnel que deve ser construído na parte intermediária da obra. Também no trecho sul faltam desapropriar 21 áreas.

    foto aérea de pequeno túnel em construção com morros ao fundo e caminhões por perto
    Prazo de conclusão da obra deve ser postergado para final de 2023 – Arteris/Divulgação/CSC
    Presidente da Fiesc faz alerta

    O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, demonstrou preocupação com os prazos. “O Marcelo nos informou que são necessários 36 meses após o reequilíbrio do contrato para terminar a obra. Então, se o contrato for assinado no mês de agosto, concluiríamos a obra no final de 2023. Isso é preocupante”, declarou.

    O prazo de conclusão do contorno viário mais recente, fixado pela justiça, é maio de 2023, mas há grande possibilidade de não ser cumprido.

    Aguiar também lembrou que há outros gargalos identificados no trecho norte da BR-101 e que não estão contemplados no plano de concessão. “Santa Catarina perde muito pelas deficiências na BR-101. Temos que fazer um grande esforço sob pena de que o estado possa perder atratividade em relação à instalação de novas empresas, do ponto de vista do turismo e até mesmo ter evasão de negócios já instalado aqui”, alertou.

    Entre os participantes do encontro estiveram os senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello, além de deputados estaduais e federais.

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