Comunidade insiste na farra do boi, em Governador Celso Ramos

Um animal maltratado foi recapturado pela PM no sábado após buscas na mata e hostilidade dos moradores - Foto: PMSC/Divulgação
Um animal maltratado foi recapturado pela PM no sábado após buscas na mata e hostilidade dos moradores - Foto: PMSC/Divulgação

No feriado de Páscoa foram registrados mais casos de farra do boi na comunidade de Ponta dos Ganchos, município de Governador Celso Ramos.

Na madrugada de sábado (20/4) a Polícia Militar precisou ser acionada para conter uma ocorrência, inclusive com resistência dos moradores.

Nas redes sociais, o comandante-geral da PM, Coronel Araújo Gomes, relatou que foram usados grupos táticos para procurar pelo animal maltratado na mata e conter a população hostil à presença dos policiais para encerrar o crime.

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Segundo o Governo do Estado, em Governador Celso Ramos foram
montadas barreiras 24 horas por dia durante o período da Semana Santa, como um levantamento de propriedades rurais suspeitas.

A cidade é uma das poucas que ainda insiste na prática criminosa, especialmente no período da Quaresma. Em Itapema, na sexta-feira (19), também houve registro de farra do boi. Segundo a PM, ao chegar ao local o animal já estava preso, porém populares investiram contra a presença policial, arremessando pedras e atingindo a viatura.

Para o governo, que realiza campanha nas redes sociais contra a prática do boi, já houve neste ano uma grande redução de casos: enquanto que no mesmo período do ano passado foram 32 denúncias confirmadas, até agora, em 2019, são 12.

Os conflitos entre farristas e a PM também caíram: de oito para três. Por parte da Cidasc, que mantém 18 funcionários no combate à Farra do Boi, aconteceram 18 fiscalizações  com barreiras móveis, em um total de 271 veículos abordados.

Farra do boi é crime

A prática se enquadra na Lei 9605/95, que no artigo 32 diz: “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime, com pena de detenção de três meses a um ano, e multa.”

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