Animal de espécie rara de golfinho aparece morto na praia da Guarda do Embaú

Uma fêmea de espécie rara de golfinho, denominada baleia-bicuda-de-cuvier, apareceu morta na praia da Guarda do Embaú, em Palhoça

animal estendido na areia da praia com cintas de reboque em volta
Instituto Australis encontrou o encalhe de espécie baleia-bicuda-de-cuvier, a primeira aparição registrada em SC - Instituto Australis/Divulgação/CSC

Um animal de espécie rara de golfinho apareceu morto na praia da Guarda do Embaú, em Palhoça, nesta quinta-feira (13/2). O animal é uma fêmea adulta de 6,2 m da espécie conhecida como baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphius cavirostris).

De acordo com o Instituto Australis, que faz o monitoramento das praias catarinenses e dos animais que aparecem na costa, a carcaça foi encontrada na manhã dessa terça e ainda não se sabe a causa da morte.

A baleia-bicuda-de-cuvier é um espécime raro, de habito oceânico, e esse foi o primeiro registro em Santa Catarina. Apesar de ser chamado de baleia, este animal faz parte do grupo dos golfinhos, que possuem dentes, mas uma preculiaridade que o difere das outras espécies é que possui apenas um único par de dentes que se projetam para frente e para fora da boca, na ponta da mandíbula inferior, e só surgem em machos adultos.

Publicidade

O protocolo de encalhes da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca foi acionado, juntamente com as outras equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) para realização da necropsia.

close na cabeça do animal, caída na areia
Apesar de ser chamado de “baleia”, animal pertence ao grupo dos golfinhos – Instituto Australis/Divulgação/CSC
Monitoramento de praias

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O objetivo é avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna até Saquarema, no Rio de Janeiro, dividido em 15 trechos. O Instituto Australis monitora o trecho 2, compreendido entre Imbituba e Governador Celso Ramos.

Em casos de encalhes

O Instituto Australis orienta o procedimento para casos de encalhe, tanto de animais vivo, quanto mortos.

No caso de animais mortos é necessário informar o local do encalhe e demais informações úteis por meio do telefone 0800-642-3341. Também evite se aproximar do animal sob risco de contaminação biológica.

No caso de encalhe de animais vivos, também informar no mesmo contato. A orientação é não tentar devolver o animal para a água, porque há riscos. O instituto pede que se fotografe o animal, para possibilitar a identificação mais rápida da espécie e documentação do caso. Também não respirar o ar espirado pelos animais e não tentar se aproximar da cauda, em caso de baleias e golfinhos. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e, assim, causar ferimentos.

animal com cintas de reboque caído na beira da água e dois homens segurando as cintas
Baleia-bicuda-de-cuvier é rara; animal era uma fêmea adulta de mais de 6 metros – Instituto Australis/Divulgação/CSC
Publicidade
COMPARTILHAR