Ex-vice prefeito de Florianópolis é um dos alvos da Operação Parquímetro

Equipe da DEIC na segunda fase da Operação Parquímetro
Provas e depoimentos obtidos pela DEIC na primeira fase apontam para o pagamento de propinas em Florianópolis - PC/Divulgação/CSC

O ex-vice-prefeito de Florianópolis João Batista é um dos alvos da segunda fase da Operação Parquímetro, que apura desvio milionário no sistema de zona azul da cidade entre 2013 e 2019.

Segundo a Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (Dlav), da Polícia Civil, houve omissão na fiscalização do contrato da zona azul e possíveis pagamentos de propinas a agentes públicos e políticos.

A investigação também apurou que o núcleo familiar responsável pela empresa enriqueceu no período do contrato, “com a apropriação de volume expressivo dos valores que eram movimentados em espécie”. O enriquecimento teria ocorrido por falta de repasse do dinheiro arrecadado pela empresa com as vagas de estacionamento para o município, num montante que alcançou R$ 20 milhões.

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Por isso, na deflagração da segunda fase, nesta terça-feira (22/5) a Polícia sequestrou e apreendeu R$ 25 milhões em bens das pessoas investigadas no esquema irregular, incluindo imóveis e veículos, de forma a ressarcir o cofre municipal com os valores que não foram transferidos. Um dos mandados foi cumprido na residência de Nunes na Lagoa da Conceição.

A segunda fase, conforme salienta o delegado da DLAV, Jeferson Prado Costa, ocorreu a partir de depoimentos e provas adquiridas na primeira etapa, que completou dois anos.

João Batista Nunes foi vice-prefeito de Gean Loureiro no primeiro mandato (2017-2020) e anteriormente foi vereador e também vice-prefeito de Dário Berger (2009-2012). Para buscar a reeleição em 2020, Loureiro escolheu outro candidato a vice, Topázio Neto. A troca de parceria fez com que o partido de Batista na época, o PSDB, rachasse politicamente com o grupo de Gean. A reportagem tenta contato com a defesa de João Batista para um contraponto. O espaço está aberto.

Prefeitura se manifesta

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis afirma que ainda não havia sido notificada da operação desta terça e que a investigação é referente a um contrato anterior a 2019, sem vínculo com a atual gestão. “A empresa investigada não possui qualquer vínculo com o executivo municipal atualmente. O município vai aguardar maiores informações para tomar providências caso sejam necessárias”, finaliza o comunicado.

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