Funcionários da Comcap reunidos no pátio do Limpú na manhã desta quarta-feira (9/2) aprovaram greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica da prefeitura um novo acordo coletivo e há uma disputa pelos termos que estarão inclusos. As partes discutem o novo acordo há pelo menos dois meses.
Como principais pontos do acordo os funcionários da Comcap querem que seja mantida as cláusulas que garantem o emprego e impedem a terceirização dos serviços de limpeza urbana e coleta de lixo. De acordo com o Sintrasem, a prefeitura faz a terceirização mesmo com essa cláusula e quer que a mesma seja retirada do próximo acordo de forma a facilitar a terceirização.
Na avaliação sindical a terceirização não é benéfica à cidade, tanto para os funcionários da Comcap, que perdem os empregos, para os funcionários da terceirizada, que trabalham sem equipamentos de proteção, quanto para a população em geral, que paga pelo serviço de coleta de lixo. O Sintrasem ressalta que mesmo com os contratos de terceirização não houve uma redução na taxa de lixo em Florianópolis em 2022.
Os representantes da categoria de garis afirmam que as empresas terceirizadas da coleta de lixo em Florianópolis continuam ganhando aditivos e há edital aberto para contratar mais empresas privadas, o que, como consequência, significa uma possível extinção da Comcap. Outra reclamação é que há uma precarização das condições de trabalho na autarquia municipal.
Contraponto
A Prefeitura de Florianópolis afirma que os salários e acordos com a Comcap estão em di. “A greve, mais uma vez, é ilegal. O município já está buscando empresas para cobrir as regiões atendidas pela Comcap. O acordo em vigência, firmado em setembro do ano passado, se manterá no prazo de 12 meses, a contar do início, conforme definido anteriormente entre ambas as partes”, diz a prefeitura, em nota. O Norte da Ilha e o Continente, que são atendidos pela empresa Amazon Fort, seguem com serviço normal de coleta.
Assembleia na volta às aulas
O Sintrasem também marcou para hoje à tarde, no dia da volta das aulas municipais na capital, uma assembleia geral de todos os servidores municipais. O sindicato pretende reunir mais servidores de outras pastas para reivindicar o Piso Nacional do Magistério e menor pressão de trabalho na saúde. Com isso, será colocada em votação uma greve geral dos servidores de Florianópolis.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br
