IBGE calcula que 130 mil pessoas vivem em extrema pobreza em SC

    Estado apresenta menor índice de pessoas abaixo da linha de pobreza (ganho de U$ 6,85/dia)

    Dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (6/12) mostram que 1,8% da população catarinense vivia em extrema pobreza, ou 130 mil pessoas, aproximadamente, no ano de 2022. O estado catarinense, ao lado do DF, é o que tinha menor índice nesse quesito.

    A linha que define a situação de extrema pobreza utilizada no estudo de Síntese de Indicadores Sociais é definida atualmente por um rendimento per capita menor do que U$ 2,15 por dia, em um parâmetro dado pelo Banco Mundial.

    Para a definição de pobreza, o ganho diário não pode passar de U$ 6,85. Nessa situação estavam quase um milhão de catarinenses no ano passado, diz o IBGE: 948 mil pessoas, ou 12,8% da população. É o estado com menor índice de pobreza.

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    O estudo nacional mostra que números já foram maiores. Em Santa Catarina, por exemplo, era estimado 1,08 milhão de pessoas na faixa de pobreza em 2021, das quais 174 mil em extrema pobreza.

    barracos de madeira próxima à vegetação de córrego
    SC tem o menor índice de pobreza do país, mas ainda assim são quase 1 milhão de pessoas – Foto: Lucas Cervenka/CSC

    A redução no período foi mensurada não apenas no estado, como em todo o país. Entre 2021 e 22, a pobreza e a extrema pobreza recuaram em todas as regiões, caiu de 36,7% para 31,6% e de 9% para 5,9%. Em números absolutos, no passado no Brasil havia 12,7 milhões de pessoas na extrema pobreza e 67,8 milhões vivendo na pobreza.

    A comparação entre os anos, porém, não é igualitária, uma vez que houve uma redefinição nos valores de pobreza e extrema pobreza (antes eram menores). Isto é, se fossem nas “linhas antigas” haveria menos pessoas enquadradas.

    Segundo o IBGE, a renda das pessoas em extrema pobreza era composta em 2022 majoritariamente (67%) por benefícios de programas sociais, enquanto os ganhos “próprios” eram de apenas 27%. Entre os domicílios considerados pobres, o rendimento de benefícios de programas sociais chegou a 20,5% do total do rendimento e a renda do trabalho foi responsável por 63,1%.

    Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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