Manifestação por melhores condições de trabalho no Samu ocorre nesta terça

Os trabalhadores do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) de Santa Catarina se reúnem em ato unificado em frente à Casa d’Agronômica nesta terça-feira (15/6), às 10h. Eles buscam pressionar a Secretaria de Saúde (SES) e a OZZ Saúde, empresa terceirizada que faz a gestão do serviço no estado, em relação às condições de trabalho, que afirmam ser precárias.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde em Santa Catarina (Sindsaúde/SC) fala das condições de trabalho dos funcionários do Samu. “Estão há 4 anos sem o reajuste salarial previsto em convenção, três anos sem férias e a maioria não tem o FGTS depositado. Além disso, o conflito tem atrapalhado o serviço, que está constantemente com problemas de comunicação, sem equipe de limpeza o suficiente para fazer a higienização das ambulâncias e com EPIs precários.” O sindicato indica que as negociações se resumem a um “jogo de acusações”, com a OZZ informando não ter recebido valores suficientes para os serviços e a SES afirmando que o contrato não exige aportes financeiros.

A questão foi discutida na Assembleia Legislativa em março junto ao secretário de saúde, André Motta Ribeiro. Na ocasião, ele informou que o governo investiu R$ 115 milhões em 2020 no contrato com a empresa terceirizada e que foram feitos seis aditivos de reajustes, totalizando R$ 124 milhões. Porém, deputados de oposição querem instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Samu. Até a sessão da última quarta-feira (9/6) nove deputados tinham assinado o documento. Ainda neste mês, a deputada federal Carmem Zanotto indicou que R$ 3 milhões de sua cota de emenda de bancada seriam destinados a compra de ambulâncias em oito municípios catarinenses.

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