Moradores da Costeira protestam por morte de adolescente e PM dispersa com balas de borracha

carro jeep da polícia militar atressado na pista com moto lado; motoqueiros em primeiro plano no trânsito. ao fundo no centro da foto grupo protestando e alguns policiais em volta; morro com casas ao fundo
Protesto fechou parte da Via Expressa Sul nesta sexta-feira (13) por volta de meio-dia - Pedro Borges/Divulgação/CSC

Moradores dos morros da região da Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, fizeram um protesto na tarde dessa sexta-feira (13/11) por conta da morte de um adolescente de 12 anos, morto na madrugada de quinta por um disparo da polícia.

O grupo se reuniu por volta de meio-dia em um dos semáforos da Via Expressa Sul e bloqueou a passagem dos carros, colocando fogo em objetos no asfalto. Os moradores entoavam gritos de justiça e pedindo fim da violência policial, com faixas de “chega de sangue, PM mata criança”.

Sem sucesso nas negociações para que o grupo desbloqueasse a rodovia, o batalhão de choque da Polícia Militar atirou com balas de borracha e bombas de efeito moral, dispersando os manifestantes. Houve também tiros de bala de borracha disparados contra grupo na praça da Costeira, na Av. Jorge Lacerda. Nas redes sociais, os moradores relatam que haviam também crianças no protesto.

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A morte do adolescente

A morte de um adolescente de 12 anos ocorreu no morro da Costeira quando os policiais foram chamados na madrugada de quinta para verificar uma denúncia de tortura. Dois homens foram amarrados a poste por traficantes do local, supostamente por dívida de droga.

Quando a PM chegou encontrou apenas um deles ainda amarrado. Nesse momento, um grupo teria atirado contra os policias, que revidaram à agressão. Com isso, o garoto de 12 anos foi atingido na cabeça e morreu no local. A PM encontrou uma pistola junto ao corpo.

De acordo com apuração do portal Tudo Sobre Floripa, o adolescente trabalhava para os traficantes do morro. O Instituto Geral de Perícias analisa a morte do garoto e tem até dez dias para entregar um relatório para a Delegacia de Homicídios da capital, que investiga a morte.

Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br

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