MPF pede recuperação ambiental integral da Ponta do Coral

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública pedindo a reparação da Ponta do Coral, na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis. A ação pede que a Justiça Federal determine à União, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), ao município de Florianópolis e à Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) que realizem estudo sobre a área e executem a recuperação integral ambiental dos ecossistemas de forma definitiva.

O estudo, elaborado em conjunto, deverá analisar todas as intervenções sobre bens da União na Ponta do Coral, apontando detalhes sobre áreas de preservação, zoneamento e aspectos culturais, como comunidades ali existentes e trilhas históricas. A área está ocupada atualmente de forma ilegal. Por isso, os réus deverão identificar por meio de estudo social quais famílias são de pescadores tradicionais para que tenham o tratamento adequado à comunidade.

Ainda na ação, o MPF pede que não sejam permitidas novas interferências sobre os bens da União ali localizados. A União não poderá mais permitir, por ação ou omissão, quaisquer novas interferências, construções ou ocupações na Ponta do Coral. Os passeios de pedestres, com acessibilidade, também devem ser regularizados.

casas sobre palafitas em área de praia e lodosa na ponta do coral
Ponta do Coral é motivo de ação por parte do MPF para recuperação ambiental e proibição de novas intervenções – MPF/Divulgação/CSC
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Segundo o Ministério Público Federal, a ACP apresentada nessa semana é tema de inquérito civil desde outubro de 2019. A área tem ocupação considerada irregular. Em junho de 2015 o MPF expediu a Recomendação nº 61/2015, que solicitava a anulação dos atos administrativos que aprovaram a construção do Parque Hotel Marina Ponta do Coral, empreendimento de 18 andares planejado para o local.

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