Previsão de entrega da Ponte Hercílio Luz é para o fim de 2019

close na estrutura lateral da ponte, mostrando muitas vigas de aço
Custo será de mais R$ 41 milhões; emergencialmente há uma obra necessária de cerca de R$ 3 a ser feita na fundação da estrutura da Ponte Hercílio Luz - Foto: Lucas Cervenka/CSC

A expectativa do governo do Estado é que a obra fique pronta até dezembro deste ano. As afirmações foram dadas pelo governador Carlos Moisés nesta sexta-feira (18/1) em reunião com representantes do governo, da prefeitura de Florianópolis e de entidades representativas na sede da Associação Catarinense dos Engenheiros (ACE), em Coqueiros. O secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Carlos Hassler, e o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro também estiveram no encontro, além de outras autoridades.

Inicialmente foi apresentado por Hassler um panorama do estágio da obra. O secretário elencou providências que precisam ser tomadas para garantir a entrega até o fim de 2019. Trata-se de investimentos ainda não contratados, no valor de R$ 41,2 milhões. Um deles é fazer o projeto de iluminação da ponte, que não fora incluído no projeto inicial.

No curto prazo, porém, o mais importante deles é um reforço na estrutura que suporta a ponte, no valor de R$ 3,1 milhões, a ser realizado de maneira emergencial. “Hoje, se esse serviço não for executado, a obra para. Por isso, a importância da celeridade no desenvolvimento desse trabalho”, explicou Hassler.

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O governador Carlos Moisés falou dos custos mensais com a ponte, fora a obra, e a necessidade de concluí-la logo. “Só na questão do monitoramento com sensores, que demonstram a dilatação do material, se gasta R$ 2 milhões por mês. Então se a gente demorar mais seis meses são mais R$ 12 milhões e daí por diante”.

Após a conclusão da obra, a Ponte Hercílio Luz ainda deve consumir R$ 15 milhões a cada 15 anos para pintura e cerca de R$ 1,8 milhão ao ano para inspeção da manutenção da parte metálica.

Segundo o governador, novas reuniões ocorrerão entre representantes do governo do Estado e da prefeitura para tratar da utilização futura da ponte, com prioridade para o transporte público e para as pessoas, e da revitalização do entorno, responsabilidade da administração municipal.

Correio – O governo avalia que a Ação Civil Pública aberta pelo MPSC há um mês a respeito da devolução de recursos da obra possa interferir de alguma forma na conclusão da Ponte Hercílio Luz?

Carlos Moisés – Não acredito que tenha nenhuma intervenção, porque nós estamos pegando a ponte na condição em que ela foi entregue, então a partir daí essas obras serão executadas e se houver alguma questão para a Justiça atuar ou o Ministério Público estão na liberdade do exercício da profissão, da atuação de seus membros, mas isso não interfere na evolução das obras da ponte.

Ainda de acordo com o governador, os recursos são próprios para a aplicação na Ponte Hercílio Luz, sem a necessidade de novo financiamento.

governador fala ao microfone sentado em uma bancada ao lado do prefeito e do procurador
Governador Carlos Moisés, ao lado do prefeito Gean Loureiro e do procurador-geral do MPSC, Sandro José Neis, chamou diversos órgãos para mostrar o status da obra e os custos para se terminá-la – Foto: Lucas Cervenka/CSC
Usos para a Ponte Hercílio Luz

Na reunião, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, lembrou sobre o Projeto Ponte Viva, que estudou as formas de uso da ponte. O arquiteto da prefeitura Michel Mittmann apresentou os dados levantados por esse projeto. De acordo com ele, a prioridade para a ponte é de uso de transporte público, e não abri-la para carros. “Calculamos que 4900 ônibus que passem pela ponte equivalem à quantidade de passageiros em 150 mil carros. Se abrirmos a Ponte Hercílio Luz para os veículos particulares comuns, em seis meses ela estará completamente parada”, disse o arquiteto.

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